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Violência provoca dúvida sobre transferência de poder no Iraque

Norte-americanos deveriam devolver controle formal do país no dia 30 de junho

Em meio a investidas violentas das tropas dos Estados Unidos contra militantes, os planos para que os iraquianos reassumam a soberania do país dentro de três meses parecem cada vez mais incertos.

Os norte-americanos devem devolver o controle formal do país a um governo iraquiano no dia 30 de junho. No entanto, mais de 120 mil soldados das forças de ocupação, a maior parte deles norte-americanos, continuarão no Iraque realizando operações diárias de combate às guerrilhas. Os planos prevêem que os iraquianos assumam essas missões gradualmente.

– Não há como preparar o Iraque para assumir a responsabilidade de governar 90% do país dentro de três meses – disse Jonathan Stevenson, especialista em Oriente Médio do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, com sede na Grã-Bretanha.

– Para que a política dos EUA para o Iraque vingue, o país precisa ser estabilizado, o que significa que as forças norte-americanas continuarão ali lutando contra a resistência e impedindo a eclosão de uma guerra civil – concluiu.

Em um sinal de que aumenta em Washington a preocupação com o cenário iraquiano, dois membros da comissão de relações exteriores do Senado do país disseram que o governo deveria considerar a possibilidade de adiar a transferência de poder sob o risco de enfrentar problemas ainda maiores.

– Vamos acabar tendo uma guerra civil no Iraque, se, de fato, decidirmos que podemos entregar esses assuntos aos iraquianos – afirmou o senador democrata Joseph Bilden a um programa de televisão.

O senador Richard Lugar, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e membro do Partido Republicano, mostrou-se igualmente preocupado e criticou a Casa Branca por sua falta de planejamento para o período a partir de 1º de julho, após a transferência de poder aos iraquianos.

As autoridades norte-americanas no país têm se apressado nos últimos oito meses para treinar o máximo possível de policiais iraquianos e tropas paramilitares. Mas o treinamento é frequentemente interrompido e os oficiais reclamam da falta de equipamentos, dizendo que precisam de armas, munição, armaduras, mais veículos e comunicação apropriada.

Até agora, 70 mil policiais foram colocados em serviço e cerca de 25 mil membros do Corpo de Defesa Civil do Iraque já estão na ativa. No entanto, até mesmo os norte-americanos responsáveis pelos treinamentos temem que eles não estejam suficientemente preparados para a tarefa de manter a segurança nacional.

Com informações da agência Reuters.

 
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