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Para Annan, Haiti precisa de ajuda internacional a longo prazo

Secretário-geral da ONU publicou artigo sobre o país em jornal americano

A comunidade internacional e países como os Estados Unidos deveriam continuar envolvidos no Haiti depois da saída das tropas de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), disse o secretário-geral da entidade, Kofi Annan, em artigo publicado nesta terça, dia 16, no Wall Street Journal.

Annan descreveu a situação haitiana como "mais assombrosa hoje do que há 10 anos" quando, com apoio do Conselho de Segurança da ONU, uma força multinacional entrou no país e reconduziu o presidente eleito Jean-Bertrand Aristide ao poder. A ONU autorizou seus países-membros a atuarem outra vez neste ano após Aristide deixar o Haiti, em 28 de fevereiro, depois que a "força policial desintegrou-se" e o país entrou em colapso.

– O Haiti claramente é incapaz de se reorganizar, e o efeito de deixar o país sozinho será a continuidade ou a deterioração do caos – afirmou Annan.

Ele lembrou que "omissões ou falhas em esforços internacionais anteriores" eram parcialmente responsáveis pelos problemas atuais. O Conselho de Segurança deu à ONU apenas três meses para lidar com os problemas de segurança no Haiti, mas Annan disse que o país precisa de ajuda internacional para reconstrução após a saída dos "capacetes azuis", como são conhecidos os soldados das missões de paz da entidade.

– Nós na ONU precisamos trabalhar ao lado dos nossos colegas da Caricom (comunidade do Caribe) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), adotando uma posição integrada e comum – defendeu.

Ele também sugeriu que estas organizações "permaneçam engajadas no Haiti, como parceiros regionais, muito depois da saída dos capacetes azuis". Annan também parece atribuir responsabilidade aos EUA, ao afirmar que o país é vizinho do Haiti e a "única superpotência restante".

– O Haiti não pode ser isolado de novo por seu próprio vizinho, como foi no passado – disse.

Sobre a reconstrução do Haiti, Annan advertiu que "indivíduos armados podem somente ser mantidos na linha, além de serem desarmados, se receberem oportunidades reais e empregos na economia civil".

– Sem crescimento econômico, as milícias facilmente se reagruparão, e o ciclo de pobreza, violência e instabilidade começará de novo – disse.

Annan observou que poderá levar mais de uma década para o estabelecimento de sistemas legais e de saúde apropriados.

As informaçõe são da agência Reuters.

 
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