Agentes de segurança espanhóis estão realizando vistorias em estações de trem de Madri em busca de explosivos. Conforme a rede de televisão espanhola EFE, três bombas não detonadas foram retiradas por equipes de resgate dos trens atingidos por volta das 7h30min da manhã desta quinta, dia 11 (3h30min em Brasília). O número de vítimas passa de 170, e mais de 800 pessoas feridas já foram encaminhadas a hospitais da capital espanhola.

Uma série de explosões simultâneas atingiu os arredores da estação de Atoche e as plataformas de embarque e desembarque de El Pozo e Santa Eugênia, terminais ferroviários situados no sudeste e no sul da capital espanhola. Milhares de trabalhadores que se deslocavam do interior para Madri estavam nas estações, que permanecem interditadas.

O primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar, lamentou o atentado e solidarizou-se com as famílias das vítimas em entrevista coletiva. Aznar ressaltou que todas as autoridades e forças policiais e médicas trabalham para garantir a segurança dos espanhóis e para restabelecer a normalidade da capital. O presidente também destacou que as investigações para encontrar os responsáveis pelos atentados devem ser realizadas ininterruptamente.

– Não permitiremos que uma minoria de fanáticos nos imponha sua violência – afirmou Aznar.

O governo atribui a responsabilidade pelos atentados ao grupo separatista basco ETA, mas os ataques não foram assumidos oficialmente por nenhuma organização. A possibilidade de participação da Al-Qaeda nas explosões não é descartada por especialistas, já que o ETA costuma atacar alvos políticos em ações anunciadas com antecedência.

Veja imagens dos ataques em Madri.