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 | 08/03/2004 12h06min

Governo lança pacto para reduzir morte de mães durante gestação e partos

Ministério da Saúde elegeu 2004 como o Ano da Mulher

O Ministério da Saúde lançou na manhã desta segunda, dia 8, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. A solenidade no Palácio do Planalto abriu oficialmente a programação do Ano da Mulher no Brasil. O objetivo do governo é reduzir em 15% o índice de mortalidade materna durante o parto até o ano de 2006.

No Brasil, em cada 100 mil nascidos vivos, 74,5 mulheres morrem devido a complicações na gestação, no parto ou logo depois do parto. Entre as causas dessas mortes, aparecem fatores como a hipertensão, as hemorragias, as infecções e o aborto. No caso das crianças, a cada mil nascidos vivos, 18,3 morrem nos primeiros 28 dias de vida. O padrão aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 20 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos.

Durante a cerimônia, que também marcou o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a conquista mais significativa das mulheres no Brasil foi ter conseguido participar da vida política nacional.

– As mulheres estão nos partidos políticos, as mulheres estão no Poder Judiciário, as mulheres estão governando prefeituras, governando Estados e eu quero que pare por aí – brincou Lula, durante o discurso que marcou a abertura oficial do Ano da Mulher no Brasil.

As mulheres também foram homenageadas por Lula em seu programa de rádio quinzenal Café com o Presidente, onde ele disse que o espaço que as mulheres conquistaram ainda é pouco perto do que merecem. Lula disse no rádio que ainda há muito o que fazer como o aperfeiçoamento da política de saúde e de empregos para as mulheres. O presidente mencionou a violência doméstica no programa.

– Tem uma questão de gênero que a gente não vai conseguir resolver com lei. É uma questão cultural que é a violência que a mulher é submetida dentro de seu lar – disse ele.

Para ajudar a enfrentar o problema, o presidente anunciou no rádio que, nos próximos 30 dias, será regulamentada uma lei que obriga hospitais e postos de atendimento médico a comunicar à polícia a ocorrência de internação de mulheres vítimas de violência.

– Eu sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta, morreu analfabeta, mas, na primeira tentativa de violência contra ela feita pelo seu marido, ela rompeu com ele, foi viver sozinha com oito filhos. Ela provou que quando a mulher tem garra, tem determinação ela não tem que ficar dependendo de uma pessoa que, muitas vezes, ao invés de ajudar, atrapalha – disse ele sobre sua mãe no discurso durante o café da manhã com as funcionárias do Planalto.

Lula foi bastante assediado pelas cerca de 400 servidoras do Planalto presentes no evento e passou muito tempo tirando fotos com elas, acompanhado da mulher Marisa. Dos 3,6 mil servidores do Planalto, 1.106 são mulheres.

As informações são do Globo Online e agência Reuters.


 
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