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Em livro, Blix acusa Bush e Blair de exagerar preocupação sobre Iraque

Ex-chefe dos inspetores da ONU conta sua visão sobre os meses que antecederam a guerra

George W. Bush e Tony Blair provavelmente sabiam que estavam exagerando na ameaça sobre o Iraque quando defenderam a posição de ir à guerra, afirmou o ex-chefe dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) Hans Blix. Em seu relato sobre os meses que antecederam a invasão liderada pelos Estados Unidos ao Iraque, Blix escreveu que era "provável que os governos estivessem conscientes de que exageravam nos riscos que viam, a fim de obter apoio político que de outra forma não teriam".

Blix foi chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de 1981 a 1997 e depois da Comissão de Monitoramento, Verificação e Inspeção da ONU (UNMOVIC) até 2003. Em outros pontos de seu livro Disarming Iraq - The search for weapons of mass destruction, que começará a ser vendido na próxima terça, o ex-diplomata sueco parece suavizar as críticas aos líderes dos EUA e da Grã-Bretanha.

– Não estou sugerindo que Blair e Bush falaram de má-fé, mas estou sugerindo que não seria preciso muito pensamento crítico de sua parte, ou da parte de seus assessores próximos, para barrar declarações que enganassem a opinião pública. Entende-se e aceita-se que governos precisem simplificar assuntos internacionais complexos para explicá-los ao público em países democráticos. Entretanto, eles não são vendedores, mas sim líderes dos quais se espera sinceridade quando exercem sua responsabilidade pela guerra e paz no mundo – escreveu.

Blix disse que ele também acreditou que Saddam Hussein tivesse armas ilegais. Mas ressaltou que não queria afirmar isso como fato até que visse provas concretas – o que nunca foi obtido por suas equipes de inspetores no interior do Iraque.

– Muitos serviços de inteligência, incluindo o francês, estavam convencidos de que havia armas de destruição em massa no Iraque, mas não tínhamos evidências mostrando isso – comentou Blix.

Quase um ano após a invasão ao Iraque e a queda de Saddam, a coalizão não encontrou armas ilegais no país.

As informações são da agência Reuters.

 
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