Homens armados mataram a tiros nesta terça, dia 2, um jornalista e importante assessor do presidente palestino, Yasser Arafat, na Cidade de Gaza. Khalil al-Zebin, 59 anos, dirigia uma revista financiada pela Autoridade Palestina e assessorava Arafat em temas de direitos humanos e mídia. O assessor é a vítima mais conhecida até agora do colapso da ordem na região, intensificado pelas freqüentes operações israelenses.

Em Washington, o governo do presidente George W. Bush mostrou sinais de que poderá apoiar Israel em um plano unilateral para desmantelar assentamentos judaicos de Gaza.

Zebin foi atingido por diversos tiros disparados por homens não-identificados, que o atacaram pouco depois da meia-noite no lado de fora de seu escritório. O jornalista palestino morreu logo depois de chegar ao hospital Shifa, disseram médicos. A polícia declarou que está investigando o incidente, mas que ninguém foi preso.

– Perdemos um herói entre o povo palestino...em um assassinato barato – disse Arafat a repórteres em seu quartel-general na Cisjordânia. – Não podemos ficar em silêncio diante do que aconteceu.

Um dos últimos artigos da revista de Zebin iria condenar o recente ataque contra um líder do movimento Fatah, de Arafat, realizado, de acordo com ele, por disputas internas. Um representante do Sindicato dos Jornalistas Palestinos chamou o assassinato de Zebin de um "claro ataque contra todo o povo palestino''.

Jornalistas palestinos protestaram exigindo que a Autoridade Palestina investigue uma série de ataques contra eles na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

As informações são da agência Reuters.