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Guarda Costeira intercepta 500 migrantes haitianos no mar

Este é o primeiro sinal de que grande quantidade de haitianos tentam fugir

A Guarda Costeira norte-americana anunciou nesta quinta, dia 26, que mantém sob sua custódia cerca de 500 haitianos em lanchas no mar. Este é o primeiro sinal de que uma grande quantidade de haitianos está tentando fugir do país sacudido por uma revolta armada.

Autoridades de imigração e do FBI também investigavam se um navio de carga interceptado pela Guarda Costeira nesta quarta, dia 25, havia sido seqüestrado por alguns dos 21 haitianos a bordo.

O representante da Guarda Costeira Luis Diaz disse que a agência estava mantendo cerca de 500 migrantes na passagem Windward, o estreito ao noroeste do Haiti onde se iniciaria uma viagem de 970 quilômetros até a Flórida. Ele não quis dar mais detalhes.

O local vem sendo monitorado desde que uma revolta armada contra o presidente Jean-Bertrand Aristide eclodiu, em 5 de fevereiro.

Os investigadores estavam interrogando a tripulação e os passageiros a bordo do navio de carga Margot, de bandeira panamenha, que foi interceptado na quarta a cerca de 11 quilômetros de Miami, depois de um alerta de segurança emitido pelo capitão.

A bordo havia sete tripulantes, provavelmente filipinos, e 21 haitianos. Cinco armas de fogo foram entregues às autoridades. A última parada da embarcação havia sido em Gonaives, cidade onde o levante contra Aristide começou.

Os EUA querem evitar o êxodo do início da década de 1990, quando dezenas de milhares de haitianos tentaram chegar à Flórida em barcos, fugindo da instabilidade política.

Aristide havia advertido no início da semana que o avanço dos rebeldes poderia levar à fuga em direção aos EUA.

O presidente George W. Bush reiterou a posição de Washington de recusar haitianos que tentem chegar ao país de barco.

Há no ar a preocupação de que um movimento de fuga como esse possa gerar uma crise migratória na Flórida perto das eleições presidenciais, que acontecem em novembro. A Flórida foi o Estado que definiu a eleição de Bush em 2000.

O governador da Flórida é o irmão mais novo de Bush, Jeb Bush. Ele descreveu o incidente com o navio de carga como seqüestro.

– Eles devem ser mandados de volta para o Haiti. Eles seqüestraram um barco. A menos que tenham razões bem fundamentadas para temer perseguição, que se encaixe nas nossas leis, devem ser mandados de volta –disse.

O congressista Kendrick Meek, do sul da Flórida, protestou. Para ele, os haitianos pegos no mar devem ser entrevistados para determinar se correm risco de perseguição. Em caso positivo, deve ser permitido a eles pedir asilo político, afirmou.

Com informações da agência Reuters.

 
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