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 | 23/02/2004 14h09min

Barreira de Israel enfrenta corte da ONU

Palestinos dizem que muros não permitirão a criação de um Estado independente viável

Durante a sessão de abertura das audiências da Corte Internacional sobre a legalidade da barreira de Israel na Cisjordânia, palestinos disseram que a vasta rede de muros e cercas não permitirá a criação de um Estado independente viável.

Israel não participa da sessão, que considera de orientação política, mas incentivou protestos "antiterror" na frente da corte e citou um atentado suicida que matou oito pessoas em um ônibus de Jerusalém no domingo como uma das provas da necessidade da barreira. Palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza declararam um "Dia de Ira" contra o projeto que os separa de campos, escolas e serviços médicos. Tropas israelenses dispersaram com gás lacrimogêneo cerca de 2.500 manifestantes perto da cidade de Tulkarm, na Cisjordânia.

– Este muro, se for terminado, deixará o povo palestino com apenas metade da Cisjordânia e dentro de enclaves isolados, cercados e incontínuos – disse Nasser al-Kidwa, observador permanente na Organização das Nações Unidas(ONU), ao painel de 15 juízes.

O tribunal da ONU com base em Haia realizará três dias de audiências sobre a legalidade da construção de uma barreira em território ocupado. Está em jogo a opinião mundial, em um caso que ressalta a paralisia do processo de paz do Oriente Médio, após mais de três anos de violência. O presidente Yasser Arafat, em discurso na televisão palestina, disse que não pode haver paz e segurança com a barreira.

– O objetivo de erguer este muro é evitar que nosso povo estabeleça seu Estado palestino independente –  disse Arafat.

Na frente do Palácio da Paz em estilo barroco, onde o caso está sendo debatido, cerca de 150 manifestantes pró-Israel levantavam cartazes com frases como "Pare com o terrorismo, inicie negociações" e "Quando o terrorismo pára, a cerca cai".

Os restos de um ônibus de Jerusalém em que um homem-bomba palestino se explodiu e matou 11 pessoas no mês passado foi exibido a cerca de 100 metros da corte. Também estava programado um protesto pró-palestino. O ônibus em que um homem-bomba se explodiu no domigo foi colocado perto de uma parte da barreira em Abu Dis, cidade da Cisjordânia onde nasceu o primeiro-ministro palestino, Ahmed Qurie. Palestinos curiosos observavam o ônibus.

Com informações da agência Reuters.

 
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