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John Kerry é o favorito nas primárias desta terça nos EUA

Senador ainda não conquistou vitórias nos Estados do Sul

O favorito para ser o candidato democrata à presidência dos EUA, John Kerry, caçou votos nesta segunda, dia 9, em Virginia e Tennessee, na véspera das primárias nestes Estados. Enquanto ele espera conquistar sua primeira vitória no Sul, seus adversários lutam para permanecer vivos e  diminuir a marcha de Kerry rumo à indicação.

Após vitórias em três Estados no fim-de-semana, Kerry ignorou os rivais e se concentrou em ataques à política econômica do presidente George W. Bush, ridicularizando um novo relatório da Casa Branca que prevê a criação de 2,6 milhões de empregos neste ano.

– Tenho a sensação de que este relatório foi preparado pela mesma gente que nos trouxe as informações sobre o Iraque – disse Kerry a simpatizantes em Roanoke, Virginia, lembrando que os EUA perderam mais de 2 milhões de postos de trabalho sob o governo Bush.

– Não acho que precisemos de um novo relatório sobre os empregos na América. Acho que precisamos de um novo presidente que crie empregos e leve a América de volta ao trabalho – disse Kerry, que conseguiu vitórias fáceis em Michigan, Washington e Maine no fim-de-semana, consolidando seu favoritismo.

Kerry, senador por Massachusetts, lidera as pesquisas de opinião em Virginia e Tennessee, que na terça, dia 10, realizam suas primárias. A vitória em um desses Estados afastaria as dúvidas sobre o apelo eleitoral de Kerry no sul, um campo de batalha crucial nas eleições gerais de novembro.

Se ele vencer nos dois Estados, isso significará um duro golpe para seus dois rivais sulistas, o senador John Edwards (da Carolina do Norte) e o general da reserva Wesley Clark (de Arksansas), que também apresentaram planos de criação de empregos nas suas desesperadas campanhas para permanecerem vivos na disputa.

Edwards, que na semana passada derrotou Kerry na Carolina do Sul, se reuniu com trabalhadores que estão perdendo seus empregos em uma fábrica de aparelhos de ar-condicionado em Morrison, Tennessee. Ele prometeu subsídios a comunidades em dificuldades e alívio fiscal para empresas que impedirem a transferência de empregos para outros países.

– Compreendo o que vocês estão passando e vocês têm o meu compromisso de que farei de tudo ao meu alcance para proteger seus empregos, substituir seus empregos que estão sendo perdidos, e ajudá-los nesse ínterim – disse Edwards, que era advogado antes de ser eleito senador, em 1998.

Em campanha em Union City, no Tennessee, Clark criticou acordos comerciais como o Nafta (com México e Canadá), que, segundo ele, provocaram o fechamento de postos de trabalho nos EUA. Ele tentou se diferenciar de seus dois principais adversários no Sul.

– Vocês tem um favorito, um advogado e um azarão. Eu sou o azarão – disse Clark, que se descreveu como alguém que passou a vida arregaçando as mangas, trabalhando com pessoas, construindo equipes, sendo responsabilizado e fazendo acontecer.

Favorito até o início da campanha, Howard Dean demonstra pouco interesse na Virginia e no Tennessee e se concentra na disputa de Wisconsin, no dia 17, definitiva para ele. Falando a eleitores em Madison, Wisconsin, o ex-governador de Vermont, da ala esquerda do Partido Democrata, disse que o público de lá terá "o poder de manter o debate vivo'' e precisa indicar alguém que possa se opor a Bush.

– O jeito de derrotar George W. Bush é com um candidato que já tenha se oposto a ele em questões que importavam, como saúde, investimento em crianças, a dívida nacional e a guerra no Iraque – disse Dean, que construiu sua liderança nas pesquisas, no ano passado, a partir de suas duras críticas a Bush e à guerra.

Mas a candidatura de Dean não decolou, e até agora, depois de disputas em 12 Estados, ele ainda não venceu em nenhum. As pesquisas mostram que agora Kerry é visto como o candidato mais capaz de derrotar Bush. Mas Dean lembrou que seu rival, embora tenha criticado a forma como a guerra foi conduzida, votou a favor dela no Senado.

– George Bush embarcou em uma guerra unilateral, preventiva e equivocada no Iraque (...) Ele nos enganou a respeito dos fatos. Os democratas de Washington olharam as pesquisas [sobre a popularidade de Bush] e foram adiante. Eu me opus e disse que era a guerra errada na hora errada – disse Dean.

Com informações da agência Reuters.

 
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