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Iraque investiga se Saddam subornava estrangeiros com petróleo

O Conselho de Governo do Iraque ordenou nesta quarta, dia 28, que seja investigada a suspeita de que o ex-ditador Saddam Hussein comprou o apoio de políticos e entidades estrangeiras com milhões de barris de petróleo.

– Pedimos ao Ministério da Justiça que inicie uma investigação, tome medidas contra iraquianos que participaram e examine o que pode ser feito internacionalmente contra os estrangeiros envolvidos – disse Nasser Al-Chaderji, que é membro do Conselho, à Reuters.

O jornal independente Al-Mada, de Bagdá, publicou uma lista, supostamente baseada em documentos do Ministério do Petróleo, com 46 indivíduos, empresas e organizações dentro e fora do Iraque que receberam milhões de barris de petróleo. Entre essas organizações está o grupo brasileiro de esquerda MR-8. Chaderji disse acreditar na autenticidade da lista publicada, mas a avaliação oficial ficará a cargo do ministro da Justiça.

– Este petróleo pertence ao povo iraquiano. Vamos nos concentrar naqueles que abusaram da sua posição, que receberam propinas de Saddam em troca de propaganda – disse ele.

A lista incluía também membros de famílias que governam países árabes, entidades religiosas, políticos e partidos de lugares como Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Emirados Árabes, Sudão, Turquia, China, Áustria, França e Itália, entre outros.  Citado na lista, o ex-ministro francês do Interior Charles Pasqua negou ter recebido dinheiro ou petróleo de Saddam Hussein.

– Não sou e nunca fui amigo de Saddam – disse ele ao jornal Le Monde.

Também aparecem na lista a Igreja Ortodoxa Russa, o Partido do Congresso (da Índia) e a Organização para a Libertação da Palestina.  A Igreja Ortodoxa Russa rejeitou as suspeitas na quarta, dizendo que "a solidariedade da nossa igreja com o povo do Iraque era evidentemente de forma alguma ligada a interesses comerciais'', segundo um porta-voz do Patriarcado de Moscou, em entrevista à agência Interfax. Os supostos incidentes teriam ocorrido entre 1996 e 2004, quando o Iraque só podia vender petróleo para comprar comida e outros alimentos essenciais, sob supervisão da ONU.


Uma autoridade iraquiana disse que se envolveu pessoalmente nas negociações para o envio clandestino de petróleo ao exterior.

– Às vezes as pessoas vinham ao Iraque não querendo nada. Saddam os corrompia. Ele dava petróleo de presente e eles eram fisgados – revelou.

As informações são da agência Reuters.


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