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Sharon diz que não renunciará por causa de escândalo

63% dos israelenses querem que ele deixe o cargo se algo for provado

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse nesta quinta, dia 22, a uma entusiasmada platéia de direita, que não pretende renunciar por causa do escândalo de corrupção em que pode ser indiciado. Uma pesquisa, entretanto, sugeriu que, se Sharon for formalmente acusado de receber suborno, ele terá poucas opções a não ser se curvar à pressão popular para deixar o cargo.

Confiante, Sharon, líder do partido direitista Likud, prometeu permanecer como primeiro-ministro até as próximas eleições gerais, previstas para 2007.

– Vim aqui como primeiro-ministro e presidente do Likud, posição que pretendo preencher por muitos anos, pelo menos até 2007 – disse ele à ala jovem do partido em Tel Aviv, sob muitos aplausos.

Um tribunal de Tel Aviv acusou na quarta o empreendedor imobiliário David Appel, um influente colaborador do Likud, de tentar corromper Sharon, mas o primeiro-ministro, que negou qualquer irregularidade, não fez menção ao caso nessa sua primeira aparição televisiva desde então. Agora, promotores estão decidindo se Sharon também deve ser indiciado.

Pesquisa feita pelo jornal Maariv depois do indiciamento de Appel mostrou que 53% dos israelenses acham que Sharon se envolveu em irregularidades, e 63% querem que ele deixe o cargo se algo for provado. Moshe Negbi, consultor jurídico da Rádio Israel, considera que há 50% de chance de o premiê ser formalmente acusado.

O caso contra Appel é relativo ao final da década de 1990, quando Sharon era chanceler. As acusações envolvem também o filho dele, Gilad, e seu vice, Ehud Olmert, que à época era prefeito de Jerusalém. Appel se diz inocente.

– Não vou renunciar – disse Sharon, 75, que promete colaborar com as investigações. – Se a pergunta é se os recentes acontecimentos podem me levar à renúncia, a resposta é não – declarou ao jornal Yedioth Ahronoth.

Sharon goza de amplo apoio graças à dura postura que adota contra os palestinos, mas sua popularidade já foi abalada pelo escândalo de corrupção e pelas dificuldades econômicas do país. Apelidado de "trator'' por sua ambição e pela defesa que faz dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos, Sharon sempre esteve envolvido em polêmicas.

Em 1983, foi forçado a deixar o ministério da Defesa por causa do massacre de refugiados palestinos no Líbano, cometido por milícias cristãs aliadas de Israel em um território então controlado pelas tropas israelenses. Dezoito anos depois disso, Sharon teve uma espetacular ressurreição política, elegendo-se primeiro-ministro.

Os promotores dizem que Appel gastou mais de US$ 2,6 milhões na tentativa de "comprar'' o apoio de Sharon e Olmert a algumas transações imobiliárias. Uma fonte do Ministério da Justiça disse na quarta que ainda vai levar algumas semanas ou meses para que os promotores decidam se devem indiciar Sharon. O ministro da Justiça, Yosef Lapid, importante aliado do premiê, disse que ele teria de "chegar a conclusões'' se for formalmente acusado.

Com informações da agência Reuters.

 
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