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 | 12/01/2004 10h03min

Presidente de Israel convida governo sírio para negociações

Síria não considerou a proposta como sendo "séria"

O presidente de Israel convidou nesta segunda, dia 12, seu colega da Síria, Bashar al-Assad, para visitar Jerusalém para "sérias negociações" com líderes israelenses. Apesar de o presidente Moshe Katsav ter, em sua maior parte, poderes cerimoniais, seu apelo acrescenta mais pressão à coalizão de Sharon para que o líder de direita responda favoravelmente ao pedido de Assad pela retomada das negociações de paz, rompidas em 2000.

– Convido o presidente da Síria a vir a Jerusalém e encontrar-se com os chefes de Estado e a travar sérias negociações – disse Katsav à Rádio Israel.

Não ficou claro se o presidente israelense fez o convite através de canais formais. A Síria disse que o convite não era uma resposta séria aos pedidos sírios de diálogos de paz.

Uma resposta séria é dizer sim, estamos interessados na paz, queremos negociar – declarou à CNN o ministro Buthaina Shaaban.

As negociações em Shepherdstown, Virgínia Ocidental (EUA), entre Israel e Síria acabaram há quatro anos sem qualquer acordo sobre o futuro das Colinas de Golã – ocupadas por Israel e localizadas acima do mar da Galiléia, maior reservatório de água do país.
 
Autoridades disseram que os dois lados, ainda tecnicamente em guerra, ficaram divididos apenas sobre o controle de uma pequena faixa de terreno à beira da água. Israel era governado na época por um governo de centro-esquerda. A Síria disse que deseja retomar as negociações do ponto onde foram suspensas, o que forçaria Sharon a aceitar, mesmo antes de se sentar à mesa, a retirada da maior parte das Colinas de Golã.

Sharon tem sido contra a retirada das colinas estratégicas, capturadas por Israel na Guerra de 1967 e anexadas em 1981, em medida não-reconhecida internacionalmente. Cerca de 17 mil colonos judeus vivem na área. Não houve comentário do gabinete de Sharon sobre o convite de Katsav. Sharon declarou no dia anterior que Israel está pronto a negociar a paz somente se Damasco deixar de apoiar "agentes terroristas", referência israelense a grupos militantes palestinos e à organização Hizbollah, do Líbano.
 
Israel havia manifestado preocupação de que as medidas de paz da Síria estariam ligadas mais a tentativas de melhorar as relações com Washington do que a um desejo real de chegar a um acordo. Mas alguns políticos israelenses defendem que Israel deveria negociar agora com o líder sírio, enfraquecido pela invasão do Iraque pelos Estados Unidos e talvez mais aberto a concessões.

As informações são da agência Reuters.


 
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