O Ministro da Defesa do Japão, Shigeru Ishiba, ordenou nesta sexta, dia 9, o envio de uma equipe avançada de soldados para o Iraque, dando início ao que pode ser a maior e mais arriscada missão militar do país no além-mar desde a II Guerra Mundial. A equipe – da qual participam, segundo meios de comunicação japoneses, cerca de 30 integrantes da Força Terrestre de Auto-Defesa, como o Exército japonês é chamado – deve partir rumo a Samawa, no sul do Iraque, por volta do dia 16 de janeiro.

Ishiba disse ter assinado a ordem para o envio da equipe avançada de terra bem como para o envio de uma equipe da Força Aérea, que incluirá aviões de transporte C-130.

– A equipe avançada realizará atividades como a coleta de informações no local sobre a situação da segurança, algo necessário para as unidades terrestres realizarem as atividades de reconstrução e ajuda humanitária – afirmou Ishiba.

Segundo o ministro, a equipe da Força Aérea e os aviões C-130 passarão inicialmente por um período de treinamento no Kuwait, depois do que desembarcarão no Iraque. Um porta-voz do Ministério de Defesa negou-se a fazer comentários sobre o tamanho das equipes a serem enviadas ou a data para as operações.

Meios de comunicação japoneses disseram, no entanto, que entre 150 e 230 integrantes da Força Aérea seriam mobilizados para a missão no Oriente Médio. O jornal Asahi Shimbun afirmou que a equipe avançada de terra portaria armas leves e contaria com oito veículos blindados de transporte.

A missão, que ao final envolveria cerca de mil militares japoneses, representa um risco para o premiê do país, Junichiro Koizumi. A opinião pública teme o envio dos soldados para uma região que muitos consideram ser uma zona de guerra. Algumas pessoas contrárias à medida argumentam que ela viola a Constituição pacifista do Japão.

As informações são da agência Reuters.