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Barreira israelense vai acabar com diálogos de paz, diz premiê palestino

Ahmed Korie comparou barreira ao Muro de Berlim

O primeiro-ministro palestino, Ahmed Korie, disse em entrevista publicada nesta sexta, dia 12, que a barreira que Israel está construindo na Cisjordânia vai matar o plano de paz norte-americano para o Oriente Médio. Esse plano já está prejudicado pela persistente violência, e o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, já sugeriu que poderá desmantelar de forma unilateral alguns assentamentos da Cisjordânia e instituir fronteiras junto à barreira, o que representaria na prática a anexação de territórios reivindicados pelos palestinos para o seu futuro Estado.

Sharon diz que está sendo levado a medidas unilaterais por causa do fracasso palestino em conter os militantes, mas os palestinos respondem que Israel não vai ter tranquilidade se isolar a população da Cisjordânia atrás daquilo que consideram ser "um novo Muro de Berlim".

– A barreira vai matar o processo de paz. Vai matar qualquer um que falar de paz. Agora há uma tranquilidade relativa. Mas o terror vai começar de novo. A barreira não pode evitá-lo – disse Korie ao jornal Yedioth Ahronoth, o mais vendido de Israel.

Essa barreira se compõe de cercas de arame farpado e muros de concreto. Israel diz que ela já evitou 20 atentados suicidas em dois meses. O problema é que o traçado da barreira invade o território da Cisjordânia para proteger também assentamentos. Os Estados Unidos consideram que ela é prejudicial ao processo de paz.

– Não é assim que se consegue segurança. Essa é só uma forma de preservar o conflito. Ninguém no mundo vai aceitar – afirmou o premiê.

Ele disse que "nenhum palestino vai querer um Estado preso atrás de um muro".

– Sharon diz: "Vamos conversar", e se não atingirmos um acordo vamos impor uma solução a vocês. Eu digo a ele: "Não, senhor". Não é desse jeito. Isso não é parceria. Só vai funcionar se trabalharmos juntos. Se você tivesse construído sobre a Linha Verde eu diria: vá em frente. Mas por que entrar na nossa terra? – declarou.

Korie disse a outro jornal israelense, o Maariv, na quinta, que o suposto plano unilateral de Sharon é a receita para um desastre. Líderes do partido Likud, do governo israelense, disseram na quarta-feira que Sharon havia apresentado um "reposicionamento de longo prazo" como uma alternativa ao plano norte-americano, e que isso foi aceito pela maioria da sua bancada.

O plano dos Estados Unidos prevê medidas recíprocas para o fim da violência e a criação de um Estado palestino até 2005. Nesta sexta, na Cisjordânia, atiradores palestinos feriram sete judeus ultra-ortodoxos que desafiaram as ordens militares israelenses, rezando em um santuário antes do amanhecer, em Nablus.

Fontes israelenses de segurança disseram que um dos judeus ficou gravemente ferido. O veículo em que eles estavam foi atacado quando deixava a Tumba de José – suposto túmulo do patriarca bíblico. Um policial disse à Rádio Israel que outros nove judeus do grupo foram presos por violarem a proibição de que judeus visitem áreas que deveriam estar sob soberania palestina.

As informações são da agência Reuters.

 
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