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 | 30/11/2003 16h13min

Polícia turca prende homem que ordenou atentado a sinagoga

Homem foi acusado de tentar derrubar ordem constitucional do país

A polícia da Turquia disse neste domingo, dia 30, que um homem turco foi acusado de ter ordenado a explosão de uma sinagoga em Istambul - um dos quatro ataques terroristas que mataram 61 pessoas na capital comercial da Turquia neste mês. O homem, que não foi identificado, foi detido no dia 25 de novembro com documentos falsos ao tentar viajar da Turquia para o Irã. Sua prisão foi anunciada somente no sábado.

Ele foi acusado de tentar derrubar a ordem constitucional da Turquia à força, em crime equivalente a traição e que pode resultar em prisão perpétua. O vice-chefe da polícia de Istambul, Halil Yilmaz, disse que o suspeito foi ao local onde fica a sinagoga Beth Israel no dia da explosão, 15 de novembro, e deu a ordem final para o ataque.

A polícia turca disse que nome do homem de 25 anos que se explodiu no ataque é Mesul Cabuk. A Turquia acusou 21 pessoas de envolvimento nos ataques simultâneos contra duas sinagogas de Istambul, e ataques similares contra o escritório do banco britânico HSBC e contra o consulado da Grã-Bretanha na cidade, cinco dias depois.

Os ataques contra as sinagogas mataram 29 pessoas e outras 32 morreram nos ataques contra o HSBC e o consulado. Grupos ligados à rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden, admitiram responsabilidade pelos ataques com caminhões-bomba. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que a Turquia, membro da Otan, está agora na linha de frente na "guerra ao terrorismo".

A imprensa turca disse no domingo que uma célula com entre 10 e 15 militantes, muitos deles com treinamento ou atuação passada no Afeganistão, recebeu ordens da Al Qaeda em junho para planejar os ataques. Cinco deles, incluindo Azad Ekinci, que a polícia pensou ter sido um dos suicidas, fugiram com passaportes falsos, segundo o jornal turco Cumhuriyet.

– O grupo é da Al-Qaeda. Estas pessoas pertencem a uma ala daquele grupo – disse uma autoridade de segurança, segundo o jornal.

Os serviços de segurança turcos dizem que ainda não encontraram a ligação com a Al-Qaeda. O Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), que governa a Turquia, considerado suspeito pelos seculares por ter raízes islâmicas, condenou os atentados e prometeu perseguir os responsáveis. Ancara afirma que os quatro suicidas eram turcos. A Embaixada britânica em Ancara disse no fim de semana que o consulado de Istambul continuará fechado por algum tempo.

As informações são da agência Reuters.

 
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