O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, relatou na sexta, dia 28, que Israel não obedeceu à demanda da Assembléia Geral para suspender a construção de uma barreira física que invade uma grande área da Cisjordânia. A Assembléia aprovou, no mês passado, por 144 votos contra quatro (e 12 abstenções), uma resolução exigindo que Israel suspenda a construção do muro.

A manifestação oficial abre as portas para que os palestinos retornem à Assembléia Geral da ONU a fim de ver aprovadas novas medidas contra o governo israelense.

– Cheguei à conclusão de que Israel não obedeceu à exigência da assembléia de suspender e reverter a construção do muro no Território Palestino Ocupado – afirmou o relatório de Annan, requerido pelo órgão na resolução aprovada no dia 21 de outubro.

O documento reconhece o direito de Israel de "proteger seu povo contra os ataques terroristas''. Mas diz ser uma violação das leis internacionais fazer isso construindo uma cerca que chega a entrar 22 quilômetros na Cisjordânia se levada em conta a fronteira estabelecida em 1967.

As obras, ainda segundo o relatório de Annan, também poderiam prejudicar as chances futuras de selar a paz na região ''ao dificultar a criação de um Estado palestino independente, contíguo e viável''.

As informações são da agência Reuters.