Israel, alvo de centenas de resoluções críticas na Organização das Nações Unidas (ONU), propôs pela primeira vez na Assembléia Geral uma resolução própria, pedindo a condenação dos que matam crianças israelenses. A medida, proposta diante da comissão da assembléia para assuntos humanitários e culturais, pede a proteção das crianças da violência palestina e é semelhante a uma resolução proposta pelo Egito, na qual se criticam as ações militares de Israel como prejudiciais às crianças palestinas.

– Não havia motivo para privilegiar qualquer grupo de crianças. Mas, se os palestinos querem acabar com a credibilidade da ONU, não ficaremos de braços cruzados – afirmou na última segunda Ariel Milo, diretor de comunicação da missão de Israel na ONU.

Qualquer decisão adotada pela comissão, que conta com representantes de todos os 191 países-membros da ONU, é equivalente às resoluções adotadas pela Assembléia Geral. Os projetos do Egito e de Israel devem ser votados no final deste mês.

Israel preferiria não aprovar resolução nenhuma. Mas, se a resolução do Egito, adotada no ano passado pela primeira vez e proposta de novo neste, for adotada, uma contramedida israelense deve ser aprovada também, afirmou Milo. O enviado de Israel citou, por exemplo, o atentado de 4 de outubro em Haifa, no qual foram mortas 21 pessoas, quatro delas crianças.

– Depois do ataque em Haifa, não podemos deixar as coisas passar em branco – disse.

As informações são da agência Reuters.