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Palestinos acusam Israel na ONU de roubar território com muro

Embaixador disse que construção vai penetrar mais de 22 quilômetros no território

Os palestinos afirmaram nesta terça, dia 14, ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que o plano israelense de ampliar um muro de proteção Cisjordânia adentro representa uma anexação de território para fins de colonização, e não uma medida contra o terrorismo.

Israel argumentou que a cerca vai impedir que militantes palestinos suicidas entrem em seu território para cometer atentados. Dessa forma, Israel poderia desmantelar parte de seus bloqueios militares na Cisjordânia, o que ampliaria a liberdade de movimentos dos palestinos. O debate aconteceu no início de um dia de discussões abertas sobre uma resolução redigida pela delegação palestina na ONU, que tenta impedir Israel de continuar com a construção do muro.

A resolução também denuncia os planos para a construção de mais de 600 casas nos assentamentos judaicos dos territórios palestinos. O embaixador sírio na ONU, Fayssal Mekdad, disse que a resolução pode ser votada logo depois da sessão aberta, na qual mais de 40 países estavam inscritos para discursar. A Síria é um dos membros rotativos do Conselho.

A maior parte dos 15 membros demonstra apoio ao texto palestino, embora alguns tenham avisado que vão tentar torná-la mais equilibrada, com críticas também aos atentados palestinos.

Mas os Estados Unidos ameaçam vetar a proposta. O embaixador John Negroponte disse que, para ter apoio norte-americano, a resolução deveria mencionar nominalmente os principais grupos que cometem atentados e também condenar o recente ataque suicida num restaurante de Haifa.

O embaixador palestino, Nasser Al Kidwa, disse ao Conselho que a segunda fase da construção do muro, com cerca de 150 quilômetros, vai penetrar mais de 22 quilômetros em território palestino, prejudicando a vida de centenas de milhares de pessoas em dezenas de aldeias e cidades. Ele disse que o objetivo da barreira é colonizar a terra palestina, onde já há cerca de 400 mil colonos judeus, e destruir o processo de paz que prevê a criação de um Estado palestino até 2005.

– É verdade, isso seria ruim em termos de coexistência entre ambos os lados, mas ninguém diria que é ilegal – disse Al Kidwa.

Mas o embaixador israelense, Dan Gillerman, insistiu que a cerca não tem significado político.

– Israel continua comprometido em solucionar todos os aspectos do conflito, inclusive o status final da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, por meio de negociações políticas. O governo não anexa territórios ao Estado de Israel, nem muda o status da terra, sua propriedade, ou o status legal dos residentes dessas áreas. Muitos palestinos que se opõem à cerca simplesmente querem continuar matando israelenses. Os israelenses que constróem a cerca simplesmente querem viver.

Com informações da Agência Reuters.

 
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