Os Estados Unidos acusaram o governo sírio de estar do lado errado da "guerra contra o terrorismo" nesta segunda, dia 6. O governo norte-americano emitiu comunicado dirigido aos países do Oriente Médio pedindo calma – a tensão na região é grande desde que palestinos da Síria realizaram dois atentados suicidas contra Israel, matando 20 pessoas no último dia 4. No domingo, dia 5, aviões israelenses atacaram a Síria em retaliação aos ataques.

Em meio a um aumento da tensão na região, militantes palestinos prometeram vingar o ataque contra a Síria e o presidente Yasser Arafat declarou estado de emergência. A Síria pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o ataque de Israel, afirmando que a investida ameaça "a segurança e a paz na região e na comunidade internacional".

Segundo Israel, o ataque aéreo, o mais agressivo contra o território sírio em 30 anos, tinha por alvo um campo de treinamento de ativistas palestinos. Partidários de Arafat, entretanto, afirmam que o alvo era uma área de abrigo a refugiados.

Os EUA, que possuem poder de veto no Conselho de Segurança, disseram que não darão apoio a uma resolução proposta pela Síria para condenar Israel porque ela não menciona o atentado suicida. A superpotência acusou o país árabe de ser conivente com grupos terroristas, algo que os sírios negam, mas não condenou o ataque contra Israel. O governo sírio quer uma votação rápida sobre seu projeto, mas diplomatas de países-membros do órgão disseram que nesta segunda não deve haver decisão.

A segurança em Israel foi fortemente reforçada. Nesta segunda os judeus celebram o Yom Kippur (Dia do Perdão), a data mais sagrada do judaísmo.

Com informações da agência Reuters.