Um importante comandante rebelde está entre os 15 militantes dos Talibã que foram mortos na madrugada desta segunda, dia 15, em choques com tropas afegãs e norte-americanas, disseram autoridades locais. Os militares dos Estados Unidos confirmaram o número de mortos, acrescentando que a operação de busca a militantes do Talibã e da rede Al-Qaeda teve apoio de aviões, perto da localidade de Maruf.

Em Spin Boldak, no sul do país, Khalid Khan Achakzai, funcionário do ministério afegão das Relações Exteriores, disse que entre os 15 mortos está o mulá Abdur Rahim, chefe da milícia na região, onde o Talibã está especialmente ativo nas últimas semanas.

Ele havia ficado ferido neste ano em combate com as tropas afegãs em Spin Boldak. O foragido líder do Talibã, mulá Mohammad Omar, nomeou então um assistente para Rahim. Khalid Pashtun, funcionário público da Província de Kandahar, onde fica Maruf, também confirmou a morte de Rahim.

– Ele é o líder daquele grupo. Seu corpo ainda está no distrito de Maruf, e vamos tentar trazê-lo para o aeroporto de Kandahar – afirmou.

Mas o mulá Abdul Samad, que trabalhou no serviço de inteligência do regime Talibã (deposto em 2001), negou a morte de Rahim.

– Houve mortes de ambos os lados, mas é errado dizer que Abdur Rahim foi morto. É mera propaganda – afirmou.

Paralelamente, os Estados Unidos mantêm uma operação contra o Talibã, na província de Zabul, também no sul. Centenas de rebeldes estão reunidos ali, e mais de 120 já morreram desde agosto. Achakzai disse que os combatentes mortos no último incidente provavelmente eram originários de Dai Chopan, que fica na província de Zabul, vizinha a Kandahar.

– Eles tentavam se reagrupar e cometer novos ataques – disse.

Os EUA mantêm cerca de 12,5 mil soldados no Afeganistão. Além disso, há 5 mil homens de uma tropa de paz em Cabul, a capital. A violência continua sendo um grande problema no Afeganistão desde a queda do Talibã, agravado nas últimas seis semanas, período em que mais de 200 pessoas morreram.

As informações são da agência Reuters.