| 29/11/2008 10h11min
Principal atração do Desafio Internacional das Estrelas, que ocorre neste sábado e domingo, o alemão Michael Schumacher não veio a Florianópolis (SC) para brincadeira. Apesar da aposentadoria das pistas, o heptacampeão da Fórmula-1, quer novamente levantar o troféu do evento organizado pelo brasileiro Felipe Massa.
Schumi faz questão de cuidar pessoalmente dos ajustes no seu kart. Ele também mexeu no kart do colega Luca Badoer, piloto de testes da Ferrari, que não esteve presente no sorteio dos números do kart nesta sexta-feira e só chega à capital catarinense neste sábado. Depois de terminar o trabalho, Schumacher concedeu a seguinte entrevista à imprensa.
Você está pronto para o bicampeonato no Desafio?
Schumacher - Bicampeonato? Sim, absolutamente pronto.
Eventos como este fazem você lembrar sua infância, do seu tempo de kart?
S - De certa forma, sim, mas é bem mais, pois Felipe é como um irmão mais novo para mim. Este tipo de evento é excitante para mim.
Felipe disse que você é o irmão mais velho dele. Há um relacionamento concreto entre vocês?
S - Sim, trabalhamos tanto tempo juntos e, por isso, nos tornamos amigos bem próximos. Acho que isso é até meio
óbvio.
Como o irmão mais velho viu a temporada de Felipe em 2008?
S - Nunca tive dúvidas
de suas habilidades. Ele não teve sorte em 2007 e, em 2008, ele estava em uma melhor posição para mostrar seu verdadeiro potencial. Então, espero que possamos dar a ele um carro para vencer no ano passado.
Você está aqui apenas para se divertir ou para competir?
S - Estamos aqui para nos divertir e, naturalmente, como um piloto, para competir. Além de dar um apoio ao local, após o que aconteceu aqui nos últimos dias.
Como você acha que será o próximo ano da F-1, com as novas regras?
S - Será um campeonato completamente aberto. As equipes grandes continuarão no topo, mas algumas delas terão uma vantagem. Esta é uma pergunta sem resposta para todos.
Todas as equipes vão começar do zero?
S - Nem todas, mas, como disse, as grandes permanecerão no topo. Só que temos quatro equipes que se aproximarão bastante em relação ao ano
passado, e não sabemos o que vai acontecer nos testes de inverno. Acho que podemos ter
algumas surpresas.
Luca Di Montezemolo (presidente da Ferrari) disse que quebrou a televisão assistindo ao GP do Brasil. Como foi sua reação assistindo à corrida?
S - Não era minha televisão, então não tinha como quebrá-la. Naturalmente, estava tão empolgado quando isso aconteceu, mas sabia que era uma opção que poderia mudar, pois tinha ciência de que Glock estava com pneus de pista seca e, infelizmente, isso aconteceu nos últimos 30 segundos. É complicado para todos, especialmente para Felipe, mas ficou claro que fomos fortes o suficiente para dá-lo um carro onde ele pôde se superar.
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