O Grêmio espera receber ainda hoje uma definição quanto ao pedido de efeito suspensivo à punição de Réver, Morales e Léo junto ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O advogado Gustavo Pinheiro acredita que os dois primeiros — que pegaram três e oito jogos, respectivamente — possam ter suas penas revistas, mas o caso de Léo, que levou gancho de 120 dias, é complicado.

— O Léo é mais problemático. Tem a questão do cotovelaço, que o árbitro não viu. Usamos a imagem do antebraço do jogador, que passa em sentido ascendente, e o Jorge Henrique se joga para baixo. Agressão é uma atitude específica: tem de ter dolo, intenção de machucar. Apesar de ele ser reincidente, acreditamos que é a pena é demasiada — disse Pinheiro.

O Grêmio busca apoio político para pressionar o Pleno do STJD. Nesta manhã, o presidente Paulo Odone esteve no escritório de Fábio Koff, presidente do Clube dos 13. Declarações de outros jogadores do Brasil — e da imprensa do centro do país — são vistas como benéficas ao clube.

Hoje pela manhã, o goleiro Lauro, do Inter, opinou sobre o caso:

— Eu acho que o fundamental nesse tipo de julgamento é ter critério. O que a gente vê é que não tem critério. Uma cotovelada tem uma punição para um e, para outro (jogador), tem outro peso. Assim não é feita justiça. A gente só pede isso: que tenha critério para todas as equipes — defendeu o colorado.

O comentarista Ledio Carmona, do SporTV, comenta em seu blog:

— Desta vez, o STJD exagerou na dose. Quis dar exemplo e pagou o Grêmio como sparring. As punições de hoje foram exageradas e fora de propósito. Suspender por quatro meses Léo, zagueiro do clube gaúcho, e Jorge Henrique por um lance em que os dois subiram com o cotovelo aberto, é querer viver na berlinda e ser motivo para conversa de bar. E o STJD não pode virar pauta de torcedor.

Veja os lances que originaram as punições aos gremistas: