| 08/10/2008 16h07min
O meia Juan Román Riquelme não deixou as críticas do companheiro de Boca Juniors Julio César Cáceres passarem em branco. Após ser chamado de apático pelo zagueiro paraguaio, o meia argentino jurou amor ao clube que defende e disse ter ficado surpreso com as declarações do colega de equipe.
– Fiquei muito espantado com o que o Cáceres disse – admitiu Riquelme, atualmente a serviço da seleção argentina na cidade de Ezeiza.
– Sempre fazemos brincadeiras um com o outro durante os treinamentos, e por isso tinha a impressão de que éramos amigos. Isso que aconteceu é muito estranho para mim – emendou.
Cáceres, que está concentrado com a equipe do Paraguai líder das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2010, declarou na terça-feira que Riquelme está mais motivado jogando pela seleção do que pelo Boca.
– Ele pode estar cansado ou saturado mentalmente. Quando você não tem motivação, é preciso dar um passo em outra direção – provocou o zagueiro, sugerindo que o meia deixe a Bombonera.
Riquelme, por sua vez, criticou a falta de ética do paraguaio e pediu uma atitude ao técnico do Boca, Carlos Ischia.
– Essas declarações jamais devem sair dos vestiários, o Cáceres quebrou todos os códigos do futebol. Agora, o treinador terá que lidar com essa situação quando retornarmos de nossas seleções – acrescentou, antes de garantir que está extremamente feliz no Boca Juniors.
– Vou para as concentrações assim como todos os jogadores do grupo. Além disso, não tive férias porque decidi participar dos Jogos Olímpicos de Pequim enquanto o elenco do Boca descansava. Assim que ganhamos a medalha de ouro na China, corri para o aeroporto para voltar a tempo de jogar a final da Supercopa Sul-Americana – sublinhou Riquelme.
Imprensa argentina destaca problemas no time
As manchetes desta quarta-feira de alguns dos principais jornais da Argentina repercutem o momento conturbado pelo qual passa a equipe da Bombonera:
– Boca vive dias
escandalosos – escreve o jornal Clarín.
– Boca explodiu – é a manchete do Diario Popular.
Já o jornal esportivo Olé usa da ironia e do bom humor para tratar da crise do Boca. Em sua capa, traz uma imagem do terrorista Osama Bin Laden, afirmando que não ousaria se intrometer na crise do clube.
Os jornais tomaram
partido de Cáceres e lembraram que Riquelme já teve problemas de relacionamento com outros jogadores do elenco.
– Riquelme é amo e senhor do Boca. Decide quando, como e com quem jogar. Quem são os bons e
quem são os maus – escreve o Olé.
As publicações sugerem que Riquelme também seria o causador da briga entre o goleiro Mauricio Caranta e o técnico Carlos Ischia. O camisa 1 teria sido sacado do time na derrota por 2 a 1 para o Estudiantes, no último final de semana, a pedido do meio-campista.
Riquelme: Vou para as concentrações assim como todos os jogadores do grupo
Foto:
Divulgação, Boca Juniors
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