| 08/10/2008 04h22min
A hora é dos garotos. O time escalado por Celso Roth para o jogo contra o Santos, nesta noite, às 22h, no Olímpico, conta com seis jogadores lapidados no Olímpico. Juntos, Thiego, Felipe Mattioni, Helder, Rafael Carioca, Willian Magrão e Douglas Costa representam R$ 215 milhões em multa rescisória.
A soma seria mais elevada se Léo, cuja multa é de R$ 35 milhões, não tivesse sido expulso sábado, contra o Botafogo.
No banco de reservas ainda há Grohe, Pico e Roberson, 19 anos, a novidade de última hora
pinçada por Roth.
Na terça, rumores indicavam que o Grêmio teria negociado os direitos de Mattioni com seu empresário. O jogador, contudo, só deixaria o Olímpico após a Libertadores. Ao escalar tantos ex-juniores de uma só vez, Roth atende a uma política implantada por Paulo Odone em 2005. Contratado na época como diretor executivo, Rodrigo Caetano, ex-júnior do clube, recebeu como meta montar um grupo com, pelo menos, 50% dos jogadores saídos da base.
Para não correr o risco de repetição do ocorrido com Ronaldinho, que saiu em 2001 para o PSG quase de graça, a direção ficou atenta à legislação e tratou de fazer contratos longos com os garotos.
Foi assim com Douglas Costa. Seu potencial é comparado ao de Carlos Eduardo, vendido em
2007 ao Hoffenheim por 8 milhões de euros. A direção o lançou
no time principal só depois que prorrogou até 2013 o contrato que acabaria em setembro de 2009. A multa para o Exterior quadruplicou e chegou a R$ 80 milhões.
César Bottega, empresário do jogador, foi sensível ao argumento de que Douglas deveria amadurecer um pouco mais antes de sair. O Barcelona, da Espanha, era um dos interessados em levá-lo.
– Douglas e seu empresário apostaram em um projeto de carreira aqui, que permitirá ganhar muito mais dinheiro lá na frente. Nem todos entendem que é mais digno sair pela porta da frente do que pela dos fundos – afirma Caetano.
Com o histórico de lançar garotos (Ronaldinho, Robinho e Diego passaram por suas mãos), Roth lembra que campeões sempre apostaram na mistura de juventude e experiência.
– Mas é preciso ter cuidados com a mudança brusca que os garotos enfrentam. Eles saltam do zero ao cem com muita rapidez. Terão muitas alegrias, mas, também, muitas decepções –
ensina o técnico.
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