| 26/09/2008 04h
Quem estava na área de entrevistas do Estádio San Carlos de Apoquindo pôde observar que a mobilização para o Gre-Nal começou minutos depois do empate em 1 a 1 com Universidad Católica. Quando os dirigentes saíram para atender os jornalistas, à porta aberta assomou-se a imagem de jogadores com o semblante fechado. O ambiente estava silencioso, como se o clássico estivesse para começar.
Depois que Tite conversou com os repórteres, tomando cuidado com cada vírgula que colocava em suas declarações para evitar polêmica, ele voltou para o vestiário e ficou a sós com o grupo. Os dirigentes já estavam no ônibus que levaria a delegação para o aeroporto.
A conversa do técnico com os jogadores durou pouco mais de cinco minutos. Alguns pediram que o treino marcado para as 19h de hoje fosse antecipado para as 16h. Mas houve quem se posicionasse pela manutenção do horário. Alegaram que teriam mais tempo para descansar.
Ao saírem do vestiário, às 0h50min
(horário de Brasília) os jogadores
mantiveram a fisionomia séria. Ricardo Lopes confirmou a conversa do grupo com Tite e a mobilização para o clássico. Mesmo suspenso ele pediu para concentrar. Hoje, treina e também vai dormir no Hotel Millenium.
— Estamos muito focados, o jogo é decisivo — explicou o lateral.
Os jogadores também foram orientados a evitar declarações polêmicas e a não responder as provocações vindas do Olímpico. Na quarta-feira, Magrão rebateu a entrevista concedida pelo presidente do Grêmio Paulo Odone, em que qualificava o time do Inter como de “galácticos” e de que “passaria a máquina no Beira-Rio”.
Magrão lembrou com ironia da mesma estratégia usada no Gauchão (o meia Roger disse que seriam os operários do Grêmio contra o carrossel do Inter). Indagado sobre o assunto no Chile, o volante encerrou o assunto.
Na saída do vestiário, Clemer desdenhou das declarações de Odone:
— Isso é coisa de quem nunca
jogou.
A mobilização é resultado também do que ficou explícito
nesta viagem ao Chile. Depois de enfrentar vários problemas de vestiário, Tite está com “o grupo na mão”, como se diz na linguagem do futebol. Nas últimas três semanas teve tempo para treinar e conquistar a confiança dos jogadores.
Também colaborou o fechamento da janela para a Europa. Sem o assédio de empresários e convencidos de que o técnico seria mantido, o grupo abraçou a causa. As vaias ouvidas depois da vitória sobre a Portuguesa teriam sido definidas no vestiário como o “fundo do poço”. Agora, o time está fechado pela mesma causa, a Libertadores.
"Será de arrepiar"
O assessor de futebol, Fernando Carvalho, se divertiu com a expulsão de D’Alessandro do banco de reservas. Depois, retomou a seriedade ao falar do clássico e previu “um jogo de arrepiar”:
— Nossa arma será o Beira-Rio — disse.
Clemer e a dor
O goleiro saiu de
campo com uma dor na coxa. Clemer sentiu ao bater o último tiro de meta do jogo e acredita que
ela tenha sido motivada pelo frio de 5ºC.
Gols de U. Católica 1x1 Inter - Sul-Americana 2008
Daniel Carvalho voltou ao time e, mais magro, mostrou que agora está pronto para disputar uma posição como titular
Foto:
Claudio Reyes, EFE
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