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 | 23/09/2008 03h34min

Me admira esse choro agora, diz Fernando Carvalho

Inter critica pedido do Grêmio de indicar árbitro gaúcho para o clássico

Leandro Behs e Luís Henrique Benfica  |  leandro.behs@zerohora.com.br e luis.benfica@zerohora.com.br

Ainda que o Universidad Católica separe o Inter do Gre-Nal, nos bastidores o clássico já começou. A direção colorada reagiu ao pedido do Grêmio para que o clássico seja com árbitro gaúcho. No Beira-Rio, a atitude do rival foi classificada como tentativa de condicionamento. Em entrevista no Rio, o presidente da Comissão de Árbitros da CBF (CA-CBF), Sérgio Corrêa, revelou simpatia à idéia de um juiz local.

No domingo, em Curitiba, o assessor de futebol do Grêmio, André Krieger, se revoltou com o pênalti ignorado em Soares pelo mineiro Alício Pena Júnior e pediu o apito de um gaúcho no clássico dos gaúchos.

A resposta do Inter veio em dose dupla. O vice de futebol, Giovanni Luigi, e o assessor de futebol, Fernando Carvalho, lembraram que foi Alício quem apitou o Gre-Nal do primeiro turno e assinalou o pênalti quando Renan acertou Rodrigo Mendes na área, depois de ser alertado pelo auxiliar baiano Alessandro Matos.

– Nosso foco no momento é a Sul-Americana, mas é evidente a tentativa do Grêmio em condicionar a arbitragem. Com um árbitro daqui, eles podem condicioná-lo de segunda a domingo – protestou Carvalho. – O suposto pênalti do Renan foi marcado quase um dia depois. Agora o Alício é criticado pelo Grêmio. É estranho isso – acrescentou o dirigente.

Carvalho ainda ironizou os protestos de Krieger. Segundo ele, o Grêmio vem sendo o clube mais beneficiado pelas arbitragens no Brasileirão:

– Me admira esse choro agora. O Grêmio falar em erros de arbitragem? Foi o clube que venceu pelo menos sete jogos com erros de arbitragem. Isso precisa ficar bem claro. Essa não é minha avaliação. É a avaliação da imprensa nacional e de notícias que são publicadas em todo o Brasil.

Na segunda-feira, ainda indignado com Alício, cujo pedido de suspensão poderá ser encaminhado à CBF, Krieger reiterou seu desejo de ter árbitro gaúcho no clássico de domingo. Ele lembrou que o quadro gaúcho, “por sua qualificação”, é requisitado para apitar decisões em outros Estados.

– São as pesquisas nacionais que apontam os árbitros gaúchos como os melhores do país – afirma.

No Rio, Sérgio Corrêa, o chefe dos árbitros da CBF, é a favor de um apito gaúcho. Mas sua decisão será tomada com calma até quarta-feira. E virá só depois de consultar seus assessores, os ex-árbitros Luiz Cunha Martins, que é gaúcho, e o baiano Manoel Serapião Filho. Bastaria para isso colocar dois gaúchos no sorteio.

A aproximação do Palmeiras na tabela leva Krieger a também criticar a conduta do procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt. Krieger revelou surpresa com o fato de o meia Diego Souza, do time paulista, não ter sido indiciado por um cotovelaço em Fabrício, do Cruzeiro, em partida realizada dia 14, no Mineirão.

– Ele (Schmitt), que é sempre tão ativo quando se trata de jogadores do Grêmio, agora está imóvel, em silêncio absoluto – protesta o dirigente, citando a suspensão por dois jogos aplicada ao atacante André Luís, feita a partir de imagens de televisão assistidas pelo procurador.

O apresentador Milton Neves, da TV Bandeirantes, revelou a Zero Hora que Schmitt decidiu indiciar Diego Souza após assistir, no programa Terceiro Tempo, à agressão cometida pelo jogador do Palmeiras.

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