| 20/09/2008 13h10min
O técnico do Figueirense, Mário Sérgio, assumiu o grupo em uma situação que não é das mais favoráveis. O alvinegro catarinense encontra-se na 15ª colocação, dois pontos atrás do 12º, último da zona de classificação à Sul-Americana, e dois à frente do primeiro time do grupo dos quatro que serão rebaixados ao final da competição.
Para o comandante, as cinco derrotas consecutivas e a campanha irregular do clube deixaram os torcedores indignados a ponto de realizarem um protesto em pleno treinamento do Figueirense. E mesmo que a forma de protestar não tenha sido a mais responsável, o treinador preferiu minimizar a situação de um rojão estourar em pleno gramado e afirmou que os torcedores estão em seu direito de cobrar resultados.
— Tranqüilidade em uma situação como a de hoje ninguém tem. Estão todos preocupados e com razão. O torcedor veio, fez a sua manifestação, conversei com muitos deles e eles não tiveram intenção de agredir. Estavam, sim, reivindicando os seus direitos e cobrando resultados — disse.
E mesmo que a torcida tenha sido proibida de entrar no Estádio em resolução tomada entre a Federação Catarinense de Futebol e o Quartel da Polícia Militar, o técnico preferiu puxar a responsabilidade para o grupo, enfatizando a necessidade do time de demonstrar vontade de vencer em campo, mesmo que o resultado não seja a vitória, agradando a torcida pela atitude.
— Nós todos precisamos ter esta responsabilidade e saber que é necessário mudança de atitude e comportamento nos jogos. É importante passar a eles que, mesmo que os resultados não sejam os esperados, precisamos mostrar em campo que estamos ali para ganhar — completou o técnico.
E quanto ao jogo de domingo? Mário Sérgio preferiu ser vago em suas declarações. Não foi à toa que os treinos de quinta e sexta-feira foram fechados à imprensa e à torcida. O treinador não deixou pistas se promoverá a estréia de um dos reforços contratados nesta semana, que já estão regularizados junto à CBF, nem quanto ao esquema que será utilizado no jogo em casa diante do Cruzeiro, às 16h.
— Aquilo que vocês viram aqui nos treinos será enfatizado porque não se pode fazer mudanças radicais. Temos que ter cuidado para não passarmos do ponto, vale manter a base do início do ano. E na parte tática eu não tenho nenhum compromisso por quem passou por aqui na comissão técnica. Foram ótimos profissionais, mas minha visão pode ser outra. Vou caminhar no rumo que eu acho certo — despistou.
CLICRBS
Técnico comandou dois treinos com portões fechados e mantém mistério sobre jogo contra o Cruzeiro, no domingo
Foto:
Flávio Neves
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