| 16/09/2008 05h05min
Nilmar sorria quando deixou a sala da presidência do Inter por volta das 18h30min de segunda-feira. Aproveitou o dia de folga para consumar a venda ao clube de 40% dos direitos federativos dos quais era dono. A quantia girou em torno de 5,5 milhões de euros. Suficientes para, junto com a recuperação do time, esquecer a frustrada tentativa de voltar à Europa.
Como precisou viajar com a Seleção, o atacante ainda não havia acertado os detalhes da transação com o presidente Vitorio Piffero. A negativa do Inter às ofertas do Zaragoza (12 milhões de euros) e do Palermo (15 milhões de euros) o forçou a comprar o percentual dos direitos que pertenciam ao jogador.
Nilmar vive momento especial. Os nove dias com Dunga na Seleção o ajudaram a espairecer e, acredite, colaboraram na vitória sobre o Botafogo, domingo. Ele até brinca com a situação. Diz que os 15 minutos em campo no sofrível 0 a 0 da Seleção contra a Bolívia serviram para conhecer os atalhos no Engenhão. Só
isso mesmo explica a arrancada e
o cruzamento para o gol de Alex, o primeiro da vitória no Rio.
— Bom é que o Alex acompanhou no meio. Vai ver porque ele viu que era eu — brincou.
Nilmar festeja a rapidez no lance e contabiliza o saldo com a queda atrás do gramado. Ontem, exibia o punho e as costas queimados por deslizar no piso emborrachado da pista atlética.
Assim como deixou transparecer a tristeza por não voltar à Europa, ontem o atacante deixava evidente a felicidade com o momento. Saiu do gabinete de Piffero com o procurador Orlando da Hora e um advogado. Abordado para conceder entrevista, se divertiu:
— Não tenho o que falar.
Em seguida, ainda que reclamando do frio no pátio do clube, explicou por que estava tão aliviado:
— Por tudo o que envolveu a questão da transferência e a indefinição. Às vezes, entendem errado.
Conselhos de
Dunga
Algumas palavras de conforto vieram do chefe na Seleção. Nilmar viajou para o Rio no mesmo vôo de Dunga.
Mas só percebeu no desembarque, no Rio. Sentou-se ao lado de Renan no avião. No trajeto entre o Rio e Teresópolis, numa van alugada pela CBF, ele ouviu os conselhos de Dunga e um aviso: permanecendo no Inter, estaria mais perto da Seleção do que no Palermo.
Mais que o bom momento, Nilmar deve desfrutar de dias melhores também no ataque do Inter. Com o novo esquema, Alex e D’Alessandro amenizaram sua solidão. O resultado pôde ser visto no Rio. Como o jogo de domingo será em Porto Alegre, a tendência é de que o time ataque mais e o ajude a voltar aos gols. O último foi no Gre-Nal da Copa Sul-Americana.
— É só isso que lamento. Corri muito, mas o gol não saiu — disse antes de entrar em seu BMW esportivo e curtir as últimas horas de folga.
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