| 09/09/2008 07h58min
Uma façanha como a obtida pelo São Paulo, campeão brasileiro em 2007 com cinco rodadas de antecedência, não é cogitada no Olímpico. O equilíbrio do Brasileirão 2008 leva os jogadores a acreditarem em emoção até a última rodada, dia 8 de dezembro.
A paridade entre os concorrentes ao título justifica a cautela tricolor. No ano passado, a vantagem do São Paulo se evidenciava com mais força. Na 24ª rodada, por exemplo, a equipe de Muricy Ramalho somava 51 pontos, nove a mais do que a do Cruzeiro, o segundo colocado. Este ano, com o mesmo número de jogos disputados, o Grêmio soma seis a mais do que Palmeiras e Cruzeiro.
Na 34ª rodada, quando sagrou-se campeão com uma goleada por 3 a 0 sobre o América-RN, o São Paulo chegou a 73 pontos, disparando 15 em relação ao Cruzeiro. Na última rodada, o time paulista completou 77 pontos, 15 a mais do que o Santos, vice-campeão.
– Pelo equilíbrio do campeonato, acho difícil ser campeão antes da última rodada. A briga vai até o final. Se eu conseguir levantar a taça no último jogo, já estará legal – conforma-se o centroavante Marcel.
Uma avaliação otimista dos 14 jogos restantes faz o Grêmio projetar os mesmos 77 pontos obtidos pelo São Paulo no último campeonato. O time precisaria vencer os sete jogos marcados para o Olímpico e empatar os outros sete que disputará fora.
– Em casa, temos que vencer. Empate fora será bastante interessante – avalia o meia Tcheco.
Cumprindo orientação do técnico Celso Roth, o capitão do time eximiu-se de projetar o resultado de cada um dos 14 jogos. Mas admitiu ser "bem real" a hipótese de conquista do título.
– Não vamos fazer como o Diego Souza. Ele disse que o Palmeiras venceria o Sport e nós perderíamos e acabou caindo do cavalo. Para nós, não é interessante fazer projeções hoje – diz Tcheco.
A próxima rodada poderá desenhar um panorama ainda mais favorável ao Grêmio. Se derrotar o Goiás, sábado, no Olímpico, o time alcançará 52 pontos. A felicidade será completa se Cruzeiro e Palmeiras empatarem domingo, no Mineirão. A diferença, então, subirá para oito pontos.
ZERO HORA
Marcel (à esquerda) acredita em equilíbrio até o fim. Tcheco (à direita) evita projeções
Foto:
Arivaldo Chaves
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