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 | 30/08/2008 20h44min

Vitória empata com o Ipatinga em casa

Baianos não entram no G-4 e podem ser ultrapassados no domingo

O Vitória entrou em campo neste sábado, no Barradão, em sexto lugar na Série A do Brasileirão, com 36 pontos. O time queria entrar para o G-4. O adversário era o lanterna Ipatinga. A torcida compareceu ao estádio na esperança de ver até uma goleada e um bom futebol, mas saiu frustrada apenas com um empate sem gols. O Rubro-Negro baiano até pulou para o quinto lugar, mas pode ser ultrapassado por São Paulo, Flamengo e Coritba, que jogam neste domingo.
 
Na próxima rodada, o Vitória vai à Vila Belmiro encarar o Santos, na quarta, e o Ipatinga, que continua na lanterna, mas agora com 21 pontos, enfrenta o Náutico no Estádio dos Aflitos na quinta.
 
Primeiro tempo apagado
 
O Vitória entrou em campo prestando homenagens ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Maneco Tanajura, que faleceu no sábado e era muito querido no clube. O time vestia uma camisa com a foto do dirigente e depois jogou com o uniforme reserva, o branco, para realçar a tarja preta de luto.
 
Depois que a bola começou a rolar, o time da casa não engrenou no primeiro tempo. Marquinhos voltava de inatividade de 20 dias por contusão na virilha. O outro atacante, o argentino Trípodi, fazia sua estréia. Ambos estavam lentos e sem ritmo, e a situação piorou porque o meio-campo simplesmente não conseguia criar. O Ipatinga bloqueou o setor, reduzindo os espaços. Parecia que tinha mais gente verde no campo. E essa gente entrou visivelmente para segurar o empate ou tentar alguma coisa a mais no contragolpe.
 
O tempo passava, e o torcedor do Leão continuava intranqüilo e começava a vaiar. Mal no ataque - os laterais pouco apoiavam e os meias tocavam para os lados -, confuso na defesa, o time deixava a equipe mineira gostar do jogo. Ferreira e Adeílson só não abriram o placar para o Ipatinga porque foram lentos na conclusão, permitindo que a zaga rubro-negra chegasse a tempo para prensar.
 
Aos 36 minutos, houve a primeira chance real para o Vitória. Carlos Alberto arrancou pela esquerda e chutou. Fernando saiu bem e espalmou. Aos 43, a melhor jogada: Trípodi ajeitou a bola para Williams, que bateu de chapa da marca do pênalti. O goleiro do Tigre voltou a brilhar e, a essa altura, já era o destaque de um primeiro tempo frustrante para o time da casa.
 
Tentativa em vão
 
O técnico Vágner Mancini trocou Wallace por Leandro Domingues para o segundo tempo. O meia, em bela jogada individual aos 2 minutos,  estragou o lance ao bater torto para fora.
 
Visivelmente, o time voltou um pouco melhor. Se tecnicamente os talentos  ainda decepcionavam - Marquinhos era até vaiado e Ramon estava escondido do jogo -, pelo menos havia a tentativa de fugir da forte marcação buscando as laterais do campo.
 
Aos 11, falta para o Vitória. Ramon bateu por baixo, e a bola quicou antes de Fernando tocar, com dificuldade, para escanteio.  A essa altura, o time já recuperava o apoio da torcida. O Ipatinga repetia a fórmula do segundo tempo: congestionar o meio-campo, roubar as bolas e tentar um milagre no contra-ataque.
 
Mancini mexeu de novo na equipe aos 23 minutos. Saiu Ramon, entrou Ricardinho. O time conseguia, esporadicamente, criar mais uma chance. O tempo passava e o time ia ao ataque, no desespero, e não conseguiu sair do frustrante 0 a 0.

 
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