| 15/08/2008 08h59min
A saída de Valdívia para o Al-Ain é praticamente certa. Dificilmente clube e jogador recusarão a milionária proposta dos Emirados Árabes Unidos. O palmeirense, porém, não deve esperar contratações para suprir a ausência do ídolo. Com 17 reforços trazidos em 2008, a diretoria acredita que Wanderley Luxemburgo tem em mãos peças suficientes para fazer o time jogar sem seu camisa 10.
Ainda adotando discurso cauteloso em relação à venda do chileno, o gerente de futebol Toninho Cecílio revelou que o plantel foi montado sob a possibilidade de perder o jogador, e por isso chegaram atletas como Evandro, Maicosuel, Denílson e Lenny. Assim como o técnico, o dirigente aposta neles para não perder força na briga pelo título brasileiro.
– A gente já fez uma previsão, o Valdívia era um dos que poderiam sair e nos preparamos. O que é importante é manter a competitividade da equipe. Sem o Valdívia, muda-se um pouco o estilo, mas a equipe torna-se competitiva de maneira igual. Esse é o grande objetivo – informou o ex-zagueiro, plenamente satisfeito com os atletas que desembarcaram no Palestra Itália em 2008.
– Você não acha um jogador igual ao Valdívia porque ele tem a característica dele, é único. Mas não vai ser contratado nenhum jogador deste nível neste momento. Acreditamos que não há necessidade – reforçou o dirigente sem, no entanto, admitir dificuldade no surgimento de um novo ídolo para a torcida.
– No futuro, algum ídolo pode ser revelado ou nós buscarmos alguém para isso. Mas não agora – frisou.
E na busca pela manutenção da qualidade alviverde, nem mesmo uma frustração nas negociações e a permanência de Valdívia mexem com a confiança de Toninho.
– Se a venda não acontecer, continuamos com uma equipe forte, com o Valdívia e todos os outros jogadores – garantiu.
A proximidade da saída do jogador ocorre pouco depois de o chileno protagonizar dois episódios de conflito com Luxemburgo, ambos por indisciplina. Os acontecimentos, porém, não fazem o Palmeiras agilizar o acerto do camisa 10.
– Esses episódios não influenciam em nada. Não seria profissional analisarmos um jogador por causa das últimas indisciplinas – pregou Toninho Cecílio, sempre assegurando que, em um conflito, o clube ficará do lado do técnico.
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