| 31/07/2008 12h09min
Uma das estrelas da equipe que representará o Brasil no torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos de Pequim, o meia Anderson disse que pretende ajudar sua geração a "entrar para a história" com a conquista da inédita medalha de ouro. Apesar de ter apenas 20 anos, o jogador nascido em Porto Alegre coleciona títulos e parece lidar bem com a pressão e a responsabilidade de ser um dos grandes nomes de uma equipe da qual se espera muito.
— Sempre gostei de desafios e tenho muita vontade de vencer. Uma medalha de ouro iria marcar esta geração para sempre — disse o jogador, esbanjando autoconfiança.
De fato, Anderson mostrou ao longo de sua carreira que não se esconde nos momentos decisivos. Em 2005, ainda com 17 anos, fez o gol que levou o Grêmio de volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. O clube gaúcho teve quatro jogadores expulsos, mas conseguiu vencer por 1 a 0 a partida que ficou conhecida como A Batalha dos Aflitos.
Mais tarde,
depois de ser bicampeão português pelo
Porto, o meia ajudou o Manchester United a conquistar o Campeonato Inglês. Além disso, converteu sua cobrança na disputa de pênaltis na final da última Liga dos Campeões, também vencida pelos comandados do escocês Alex Ferguson.
O jogador também participou das seleções brasileiras de base e chegou a vencer o Sul-americano sub-17 em 2005. Experiência que ele diz ter sido muito importante na sua formação como jogador, especialmente porque é algo valorizado pelo técnico Dunga.
— Acho que toda a experiência que conquistei nas seleções de base vai ser importante por toda a minha carreira. O Dunga e o Jorginho também fizeram parte dessas equipes e acredito que valorizem isso — comentou.
Mais do que tentar levar uma inédita medalha de ouro para casa, o meia do Manchester United quer aproveitar a chance para se consolidar de vez na seleção principal — e, para isso, está disposto a jogar do jeito que Dunga precisar. O meia ofensivo de origem atua mais
recuado na Inglaterra, como um segundo
homem de meio-campo.
— Adaptei-me muito bem atuando um pouco mais recuado. Na verdade, quero mesmo é estar em campo e o Dunga vai saber optar pela minha melhor colocação de acordo com os jogadores que têm à disposição — afirmou.
Segundo Anderson, o torneio olímpico, mesmo sendo uma competição para menores de 23 anos, tem o mesmo peso de qualquer outro.
— Temos craques atuando nas melhores equipes do mundo com menos de 23 anos — lembrou.
Da mesma forma que ocorre em qualquer competição, a seleção brasileira será o principal foco do torneio de futebol. Com isso, é provável que os adversários preparem uma marcação forte e especial, algo que não preocupa Anderson:
— O futebol da Inglaterra já é muito pegado, um jogo com muita velocidade. Acho que este meu jeito ajudou na minha rápida adaptação ao estilo inglês.
Para o sucesso da seleção, Anderson destacou a importância de Ronaldinho, que já
parece ter assumido o posto de líder de um time de jovens. O meia disse
que sempre admirou o futebol do craque do Milan, outra cria do Grêmio.
— Admirava vários jogadores na minha época de torcedor, como aquele time do Grêmio de 1995, que ganhou a Libertadores, com Danrlei, Paulo Nunes, Jardel. Mais tarde, adorava ver o Ronaldinho jogar no Olímpico e, quando surgi, muitas comparações foram feitas — comentou Anderson.
Conquistar o ouro será uma tarefa difícil, já que muitas das melhores gerações do futebol brasileiro tentaram o título e falharam. No entanto, isso não tira o otimismo do meia do United, que disse querer deixar seu nome marcado na história do esporte.
— Todo atleta sonha em representar seu país numa olimpíada. Sem dúvida é um importante passo que estou dando na minha carreira. Espero entrar para a história em mais uma grande decisão — concluiu.
Com experiência nas seleções de base, Anderson ressalta a importância de Ronaldinho
Foto:
How Hwee Young, EFE
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