A possibilidade de o Inter-SM conseguir na justiça desportiva a classificação para a segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro deve ficar mesmo só na intenção. O vice do departamento jurídico do clube, Alberto Olivier, está encarregado de preparar um recurso que será encaminhado nos próximos dias ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), alegando que o empate em 0 a 0 no jogo Toledo x Marcílio Dias, domingo, foi combinado entre os times.

Porém, o próprio Olivier admite que as chances de o Inter-SM ter sucesso nessa batalha judicial são muito pequenas.  

- Vamos cumprir a nossa parte, mas eu acho muito difícil. Se o recurso for julgado procedente, será aberto um inquérito administrativo para ver se houve mesmo alguma irregularidade. Terão de ser ouvidos além dos jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes dos dois clubes - explica.

Olivier também não acredita que apenas a entrevista do volante Rafinha, do Toledo, que após a partida admitiu que o empate em 0 a 0 havia sido combinado com os jogadores do Marcílio Dias, seja suficiente para pedir a eliminação dos dois times, conforme prevê o artigo 275 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

- Só aquela declaração é muito pouco. É uma prova muito fraca. Teria de ter algo que envolvesse os dirigentes, o que não é o caso - avalia.

O Engenheiro Beltrão também está preparando um recurso, mas não seria para eliminar Toledo e Marcílio Dias da Série C, e sim, pedir a repetição das duas partidas do Grupo 15 (Toledo x Marcílio Dias e Inter-SM x Engenheiro Beltrão).

A alegação é que o jogo em Toledo começou depois que o de Santa Maria. Outro empecilho para que Inter-SM e Engenheiro Beltrão entrem com uma ação conjunta é o custo. O presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares, contratou um advogado de Curitiba que teria pedido R$ 7,5 mil para representar o Inter-SM no caso.