| 22/07/2008 18h23min
Contra o Grêmio, a tradição da camisa jalde-negra até então quatro vezes vencedora da Taça Libertadores; a força de jogadores campeões mundiais um ano antes; a garra de 70 mil torcedores uruguaios; e a atmosfera quase mística do Estádio Centenário, em Montevidéu.
Esta é a 6ª reportagem de uma série especial do clicRBS sobre a conquista da Libertadores de 1983 pelo Grêmio
Quem poderia prever que o Grêmio, um clube que à época ainda não havia inserido seu nome entre os grandes do futebol sul-americano, pudesse confrontar tantos fatores adversos? A noite de 22 de Julho de 1983 começou a comprovar as linhas do hino tricolor, do Imortal, mesmo diante do lendário Peñarol.
O sorteio proporcionou ao Grêmio decidir a Libertadores daquele ano em casa. Mas antes de chegar ao jogo do Olímpico, o tricolor precisaria enfrentar o Peñarol e toda a sua história lá em Montevidéu.
Não houve, entretanto, temor. O Grêmio não se intimidou com o currículo do Peñarol. Pelo contrário. Surpreendeu os mandantes com brio e bravura, igualando a raça dos uruguaios para prevalecer em campo com sua técnica.
E o Grêmio foi para cima. O técnico Valdir Espinosa armou uma equipe ofensiva, embaralhando a defesa do Peñarol. Logo a 12min, Tita marcou de cabeça, calando os 70 mil torcedores - algumas centenas, entre eles, comemoravam - eram os representantes da imensa torcida que ficara no Rio Grande do Sul.
Aos 35min, Morena empatou. Ainda assim, o Grêmio conseguiu sustentar o empate. No final, De León salvou quase em cima da linha um dos poucos chutes que venceu Mazaropi, levando a vantagem do 1 a 1 para o Estádio Olímpico.
O Grêmio chegava em Porto Alegre com um pé em Tóquio.
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