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 | 18/07/2008 15h10min

Basquete do Brasil perde para a Alemanha e não vai a Pequim

Time masculino não consegue vaga na Olimpíada pela terceira edição consecutiva

Escolham um time para torcer no torneio masculino de basquete da Olimpíada. Porque pela terceira edição consecutiva, o Brasil não irá disputar a competição. Nesta sexta-feira, o time de Moncho Monsalve foi derrotado pela Alemanha por 78 a 65 e acabou eliminado nas quartas-de-final do Pré-Olímpico de Atenas, última chance de garantir vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Com isso, aumenta para 16 anos o jejum olímpico do basquete brasileiro. Isso se o time conseguir se classificar para os Jogos de Londres, daqui a quatro anos, em 2012. A última vez que o país teve representante na modalidade foi em Atlanta-1996.

O cestinha da partida foi o astro da NBA Dirk Nowitzki, com 20 pontos e sete rebotes. Pascal Roller, com 15, e Demond Greene, com 14 pontos, também contribuíram para a vitória alemã. Já o norte-americano naturalizado alemão Chris Kaman foi soberano na defesa, pegando 14 rebotes. Tiago Splitter foi o cestinha do Brasil, com 16 pontos.

A partida começou nervosa. Tanto Brasil quanto Alemanha desperdiçaram várias jogadas de ataque e o placar só foi aberto pelos alemães com mais de 1min40s jogados. Muito forte na defesa, a seleção evitou que Dirk Nowitzki brilhasse. Mesmo assim, o primeiro quarto terminou em 14 a 13 para os alemães.

No segundo quarto, o Brasil começou melhor. A entrada de Rafael “Baby” Araújo ainda no primeiro período melhorou a atitude do time, que chegou a abrir 19 a 14 no placar. Essa, no entanto, seria a maior vantagem brasileira no jogo. Nos cinco minutos restantes, a Alemanha não só virou o placar como abriu 19 pontos de vantagem.

Com Nowitzki bem marcado, foi o armador Pascal Roller que começou a brilhar. Em poucos minutos, ele converteu nada menos que quatro cestas de três pontos. O técnico Moncho Monsalve pediu tempo, mas não conseguiu reverter o desequilíbrio dos brasileiros. Para piorar, Nowitzki entrou no jogo e a Alemanha fechou o quarto por 45 a 26.
 
O intervalo também não modificou o panorama da partida. O desempenho do ataque brasileiro se manteve pífio e a defesa desandou de vez. Os arremessos de três pontos não caíram de jeito nenhum. Das 18 tentativas, apenas três encontraram o rumo da cesta. A Alemanha estava tão confortável em quadra que o astro do Dallas Mavericks foi para o banco de reservas descansar e mesmo assim a vantagem subiu para 23 pontos: 62 a 39.

Os últimos 10 minutos de jogo foram apenas para cumprir compromisso. Com uma vantagem tão grande no placar, a Alemanha passou a administrar a vantagem e a arremessar apenas nos últimos segundos de posses de bola. Mas não faltou luta para o time brasileiro, que melhorou de produção e reduziu a vantagem para 13 pontos. Talvez tenha sido essa a maior virtude desses jogadores, que atenderam à convocação diante da recusa de outros seis atletas.

 
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