Vinte e seis anos, 2,06m e com o apelido de Rocha, o pivô João Paulo Batista, o JP, está confiante na classificação da seleção de basquete aos Jogos Olímpicos de Pequim. Nesta terça-feira, a equipe estréia no Torneio Pré-olímpico Mundial, enfrentando o Líbano. A competição definirá as três últimas sleções classificadas para as Olimpíadas.

– Estamos muito confiantes na conquista da vaga olímpica. O grupo está muito unido e empenhado nesse objetivo – explica o jogador, que defendeu o Barons Riga, da Letônia, na última temporada.

Sob o comando do espanhol Moncho Monsalve, JP diz que o grupo tem se adaptado bem ao estilo do treinador.

João Paulo começou no basquete aos 10 anos, no Clube Náutico Capibaribe, em Recife, mas também chegou a praticar futsal, natação, tênis de mesa e atletismo. Em julho de 2002 foi para os Estados Unidos, onde defendeu o Western Nebraska Community College, seguindo depois para a Europa com passagem pela Lituânia e Letônia.

– São 16 anos de muita luta, superação e vitórias. Quando sai do Brasil era apenas mais um jogador que ia para o exterior em busca de concretizar um sonho. A minha dedicação e talento foi fundamental para que tivesse reconhecimento e chegasse onde estou – lembra.

No ano passado, ele chegou à seleção brasileira pela primeira vez e foi campeão dos Jogos Pan-americano:

– Foi um momento emocionante e gratificante. A torcida e a mídia finalmente conheceram o João Paulo Batista.

Estreando vida nova após apenas um mês de casamento com a ex-jogadora de basquete Simone, JP ainda não definiu seu destino após a temporada com a seleção. O pivô recebeu propostas de times alemães e espanhóis, mas ainda não fechou com nenhum.

– A NBA é sempre um sonho, mas sei o que é possível e o que não é. Sei que tenho uma carreira promissora pela frente. Por isso, a cada temporada procuro melhorar a minha forma de jogar para ser o melhor na minha posição. Também tenho em mente fazer um contrato com duração mais longa e sempre ajudar minha equipe a ter uma boa colocação – completa.