O presidente do Barcelona, Joan Laporta, escapou de perder o seu mandato em eleição realizada no domingo e permanecerá no cargo até junho de 2010. Na votação, organizada por sócios do clube que defendem mudanças na diretoria, o dirigente recebeu cerca de 61% dos votos a favor de sua saída e 37% contra. Apenas 39.389 dos 118.528 sócios com direito a participar do plebiscito votaram.

Laporta se livrou por pouco de perder o cargo, já que ficou a 5,40% de ser deposto e forçar eleições imediatas (eram necessários 66,6 % dos votos contra a sua permanência).

– Não cogitei renunciar porque tinha confiança de que a votação não prosperaria. Está claro que foi um voto de castigo pelo que fizemos nos últimos dois anos – disse Laporta, referindo-se aos maus resultados nas últimas temporadas..

O dirigente ainda exaltou o 'exemplar exercício democrático' visto com a realização da eleição deste domingo e considerou que o Barça saiu fortalecido do plebiscito.

– O processo trouxe grande tensão ao clube. Trabalharemos neste sentido. A paz no clube é necessária para o bem da equipe e lutaremos para conseguir isso – acrescentou.

O advogado Oriol Giralt, que lançou o movimento para a retirada de Joan Laporta como presidente do Barcelona, admitiu a derrota, mas disse que as urnas deram um aviso ao atual presidente.

– Não penso em pedir sua saída. Por outro lado, se eu fosse presidente, deixaria o cargo porque o resultado é desfavorável e para dar a paz de que o clube precisa – argumentou.

Laporta, de 45 anos, está no comando do Barcelona desde 2003 e foi reeleito em 2006 para um mandato de mais quatro anos. Sob seu comando, o clube catalão conquistou uma Liga dos Campeões, duas Supercopas da Espanha e foi bicampeão do Espanhol, mas há duas temporadas não conquista um título sequer.