| 16/06/2008 05h20min
Até se pode admitir que o Brasil jogue com três volantes, em circunstâncias especiais como parecia mesmo ser o jogo de ontem em Assunção. O inadmissível é o posicionamento adotado pela equipe brasileira no primeiro tempo, quando ficou atrás, apenas se defendendo das investidas paraguaias. As características mais defensivas dos jogadores escalados por Dunga não justificam este posicionamento: o Brasil podia ter marcado o Paraguai mais na frente, até mesmo para ter uma distância mais curta a percorrer quando recuperasse a bola. Mas escolheu um posicionamento suicida, contra um adversário que estava embalado, entrosado e prometia abertamente que iria atacar.
No segundo tempo foi outro jogo, mas novamente o Brasil se equivocou. Foi ofensivo demais, descuidou-se com a defesa, levou o segundo gol e poderia ter levado ainda outros. Isso de um Paraguai com 10 jogadores e apenas dois atacantes. Como o futebol depende de equilíbrio e não de excessos defensivos e ofensivos, o resultado foi mais do
que justo.
O pior foi a constatação de que não basta ir para o ataque quando falta qualidade. Mesmo passando a maior parte do segundo tempo nas proximidades da área adversária, o Brasil praticamente não criou chances de gol, a não ser dois chutes de Anderson de longa distância. Significa que está faltando qualidade, está faltando o drible, o jogador criativo que encontre soluções quando a defesa contrária está fechada. Agora a Seleção Brasileira ficou com um dever de casa rigoroso para fazer até o jogo da próxima quarta-feira contra a Argentina.
Quase líder
O salto do Grêmio impressiona, já divide a primeira colocação com o Flamengo (líder pelo saldo de gols) e com o Cruzeiro (logo abaixo). Na vitória de sábado sobre o Goiás, mostrou maturidade para jogar fora de casa. Mesmo sem contar com jogadores diferenciados, Celso Roth está conseguindo organizar a equipe de forma a tirar bom rendimento
dela.
Estréia
Já o Internacional fez o que era esperado na
estréia de Tite: conseguiu a vitória que o tira do grupo de rebaixamento. Mesmo abalado pela saída inesperada de Fernandão, conseguiu jogar o suficiente para superar o Botafogo e soube suportar a pressão depois que ficou com 10 jogadores. Pelo jeito, Sidnei faltou à aula de arbitragem que os jogadores tiveram recentemente, para evitar faltas repetitivas.
Empate
O empate da Argentina, nos acréscimos, acabou sendo um castigo imerecido para o Equador, que ganhava heroicamente em Buenos Aires, mas um resultado melhor para o Brasil. Assim os argentinos não virão tão mordidos.
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