| 06/06/2008 03h38min
Depois das críticas à troca da antena do sistema antineblina do aeroporto Salgado Filho, na Capital, em uma época com nevoeiros freqüentes, a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) resolveu acelerar a conclusão da obra.
Clique na imagem e veja como funciona o aparelho:
A estatal e o Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Aeronáutica, acreditam na possibilidade de instalar o novo equipamento em funcionamento a partir do início da próxima semana, colocando um fim às atuais restrições nos pousos. Pelo cronograma inicial, a aparelhagem começaria a operar somente a partir de 15 de junho.
Com um avião-laboratório, técnicos do Decea
pretendem dar a partida hoje na última fase de testes das antenas do Glide
Slope, um equipamento que guia pilotos na rota de aproximação do aeroporto e indica a localização correta de pista. A aeronave sobrevoará a região do Salgado Filho, com cinco tripulantes e um sofisticado laboratório de eletrônica, com o objetivo de ajustar o envio dos sinais às aeronaves. Outros dois técnicos acompanham o trabalho em solo. O Decea evita determinar um prazo ou a quantidade necessária de horas de vôo para acertar o instrumento, mas aposta no término do trabalho para o fim de semana, caso o Glide Slope esteja em ordem.
— Não podemos definir uma data, porque esse trabalho é como uma cirurgia. Você abre o abdômen, mas não sabe o que encontrará pela frente — comparou um militar ligado à área técnica do Decea.
Antes do avião-laboratório, os novos equipamentos passaram por uma inspeção em solo. Militares executaram a avaliação depois de uma reunião com integrantes da Infraero. O superintendente da estatal, Marco Aurélio Franceschi, diz que eles também
analisarão a documentação dos
instrumentos.
Franceschi aguarda com ansiedade a liberação do equipamento para solucionar um problema que causou transtorno a milhares de gaúchos nos últimos dias. Para permitir a substituição da antena do sistema antineblina, a Infraero precisou desligar o aparelho que permitia a descida com um teto de vôo (camada de nuvens) de até 60 metros no mês passado. Durante a substituição, os pilotos só conseguem pousar em Porto Alegre com um teto de pelo menos 150 metros.
A restrição, combinada com a neblina, voltou a provocar dores de cabeça nos passageiros ontem. Por duas horas, entre as 6h e as 8h, a Infraero fechou a pista para pousos. De cada 10 vôos que saíram de Porto Alegre até as 15h de ontem, quatro partiram com atraso de pelo menos 30 minutos.
Quando entrar em pleno funcionamento — a previsão é 2010 —, o novo sistema antineblina do Salgado Filho permitirá pouso com até 30 metros de teto.
As mudanças prometem reduzir em pelo
menos 25% as horas fechadas por conta dos
nevoeiros.
Cancelamentos e atrasos nos vôos por causa do mau tempo têm causado superlotação no saguão do aeroporto
Foto:
Arivaldo Chaves
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