Um dos técnicos cotados para assumir o Inter, Paulo Autuori estaria encontrando algumas dificuldades na renovação do seu contrato com o Al-Rayyan, do Catar. Após o término do seu primeiro ano de vínculo com o clube, Autuori listou uma série de exigências para dar seqüência no trabalho por mais dois anos, mas uma das cláusulas não estaria sendo cumprida.

Na madrugada de terça-feira, o técnico embarcou para o país do Golfo Pérsico, onde discutirá com dirigentes do Al-Rayyan algumas pendências contratuais. Não está descartada uma rescisão contratual e, caso isso se confirme, o Inter seria o destino escolhido por Autuori.

Sem especificar qual seria o principal entrave nas negociações, o treinador falou sobre o assunto em entrevista concedida ao programa Esportes ao Meio-Dia, da Rádio Gaúcha.

— Já entreguei para a direção do clube o meu projeto de trabalho. Minha intenção é trabalhar tanto com a equipe profissional, quanto com as categorias de base. Tenho de ser rigoroso nas minhas exigências e certas coisas não podem ser decididas por telefone — afirmou.

Apesar de demonstrar comprometimento com o clube do Catar, Autuori afirmou que uma rescisão de contrato "não é uma situação impossível" de ocorrer.

— No futebol nada é impossível. Não existe nenhuma multa rescisória prevista no meu contrato, mas eu tenho minha palavra empenhada com a direção do clube e pretendo cumprir. A única situação que abre brecha para uma interrupção do vínculo é o fato de alguma das partes não cumprir com os acordos estabelecidos — disse.

Além de Paulo Autuori, o Inter também está interessando no trabalho de Muricy Ramalho, que dirige o São Paulo. Tite, Leão e até o argentino Carlos Bianchi também foram especulados.