O fechamento do Aeroporto Salgado Filho e os conseqüentes atrasos nos vôos na manhã desta terça-feira beneficiaram os jogadores Edinho e Guiñazu, do Inter. Os dois chegaram pouco antes das 12h ao local, onde eram esperados pelo advogado Daniel Cravo. O trio embarou para o Rio de Janeiro, onde participa de julgamento no STJD referente à partida contra o Palmeiras.

— Ainda bem que atrasou — disse Edinho.

Confiantes na absolvição, os volantes não aparentavam sinais de preocupação.

— A minha expulsão foi por segundo cartão amarelo — defende-se Guiñazu.

Edinho e Guiñazu ainda encontraram o atacante Daniel Carvalho, ex-companheiro de Edinho no Inter. Após o fim das férias, o jogador aguardava seu vôo para a Rússia, onde fará pré-temporada com o CSKA Moscou.

Além dos jogadores, o clube também será julgado na audiência que começa às 17h. O Inter foi enquadrado no artigo 215 (Deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida) e pode ser multado em até R$ 1mil por minuto que atrasar. De acordo com o relatório do árbitro, o time atrasou em três minutos na sua entrada em campo

Edinho, citado na súmula como autor de "um pontapé por trás na altura do tornozelo de seu adversário", foi denunciado no artigo 255 (Praticar ato de hostilidade contra adversário ou companheiro de equipe), que prevê pena de uma a três partidas de suspensão. Ele é reincidente, por ter sido condenado em 2004.

Já Guiñazu "recebeu o segundo cartão amarelo por tentar derrubar outro atleta, após ter sido driblado". O artigo 250 (Praticar ato desleal ou inconveniente durante a partida) prevê a mesma pena.