Líder de uma defesa ainda invicta no Brasileirão, o mineiro Léo, de 20 anos, extrapolou sua atribuição de zagueiro na vitória de 2 a 0 do Grêmio sobre o Náutico, sábado. Foi ele quem criou e concluiu o lance do primeiro gol, em um momento em que o ataque não encontrava soluções. Aos 33 minutos do primeiro tempo, ele avançou pela direita, fez passe para Roger, recebeu de volta já dentro da área e venceu o goleiro Eduardo com um chute muito forte.

O gol foi o complemento de mais uma das tantas atuações sem reparos que o jogador tem tido desde a chegada ao grupo principal, há menos de um ano. E que o transformam em uma negociação certa na metade do ano. Indicado por Carlos Eduardo, Léo poderá atuar no Hoffenheim, agora da primeira divisão alemã. Se depender da preferência do jogador, no entanto, o destino poderá ser um clube de maior projeção. Ele quer seguir o exemplo de Lucas, que, antes de se acertar com o Liverpool, rejeitou propostas do Lokomotiv, da Rússia, e do Atletico de Madrid.

Eleito capitão do time, quando todas as evidências apontavam que Eduardo Costa ficaria com a função, Leé não se constrange em cobrar até de jogadores mais velhos do que ele. 

– Quando alguém vai meio mole ou displicente no lance, xingo mesmo – afirma o zagueiro, que forma com Pereira e Réver o setor mais elogiado da equipe.

O entrosamento com Pereira vai além dos gramados. Os dois dividem o mesmo quarto nas concentrações e, sempre que possível, comparecem a cultos evangélicos em uma igreja na Avenida Aparício Borges, na zona leste da Capital. 

– Ele teve que amadurecer à força – elogia Pereira, ao recordar que Léo precisou assumir a liderança da zaga no início do ano, após a saída de William para o Corinthians.