| 14/05/2008 05h41min
As anunciadas hostilidades que estariam reservadas para o Inter, em Recife, não assustam os jogadores. Alex resumiu o espírito da turma em uma frase:
— Aqui não existem meninos assustados.
A aparente singeleza da afirmação poderia colidir com a juventude de alguns jogadores, mas a experiência das lideranças será suficiente para blindar os garotos, infundindo-lhes segurança e autoconfiança. Se os torcedores tivessem consciência da inutilidade dos seus foguetórios e outras tentativas de intimidação, certamente guardariam seu dinheiro e energia para ações mais prazerosas. Bons hotéis, atualmente, são impermeáveis ao ruído externo. Enquanto bobocas explodem foguetes, nos apartamentos a boleirada dorme, indiferente.
A propósito, indiferença é o sentimento da delegação colorada antes do jogo. É bom que seja assim. Assustado perde na véspera.
A feiúra do bicho
O Sport que passou pelo
Beira-Rio é uma equipe experiente e de medianas virtudes técnicas. Perdeu
pelo escore mínimo, mas poderia ter sido uma derrota maior. E quase não impôs riscos ao Inter. O Palmeiras, em jornada infeliz, acabou enfeiando o bicho além da conta. Se o Inter mantiver a sua média de atuações, volta classificado. Terá que jogar bem menos do que pode para deixar esta vaga em Recife.
Traição
O Inter conta com um reforço importante para a sua proteção. O coronel Ângelo, comandante do 1º BPM, está em Recife para um encontro das polícias militares estaduais que vão traçar estratégias para combater a violência nos estádios. Aproveitando a coincidência, o coronel se dispôs a ajudar o Inter em providências que objetivem maior segurança para a delegação. Tudo seria perfeito se, como contou o repórter José Alberto Andrade, não tivessem preparado uma brincadeira com o militar, ainda em Porto Alegre: substituíram o toque do seu celular pelo hino do Grêmio. O homem deu-se conta a tempo de evitar constrangimentos. Imaginem se o seu telefone
chamasse quando ele estivesse
junto aos colorados.
A volta
O Grêmio decidiu que precisa de um centroavante de referência, daqueles que gostam de atuar entre os zagueiros adversários. E decidiu recontratar Marcel, dispensado no início do ano e que está sendo colocado em disponibilidade pelo Cruzeiro. A lembrança de Marcel, no Olímpico, não é recomendável. Mas como centroavante é sempre um dependente do time, pode ser que o Grêmio, hoje, esteja melhor aparelhado para aproveitar um atacante com as características de Marcel. Se assim for, está justificada a contratação.
Bombonera na Ilha
A torcida do Sport entende que a Ilha do Retiro é uma réplica da Bombonera argentina. Nem tanto. E se for, qual é o problema? Quando o Grêmio enfrentou o Boca Juniors, em Buenos Aires, participei do programa Arena Sportv e repliquei a questão do estádio com sincera simplicidade: estádio não faz gol, não derruba, não cava pênalti. Quem tem
medo de barulho, fica em casa. No jogo, o Grêmio portou-se com
solene indiferença ao ruído da Bombonera. Perdeu porque o Boca era superior, muito melhor.
Foguetório
Alguém duvida de que haverá foguetório, esta noite, em todas as cidades gaúchas? A única dúvida está na cor clubística dos fogueteiros. Como sempre, não é verdade?
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