| 07/05/2008 23h44min
A nadadora Joanna Maranhão proporcionou uma noite de festa para a natação brasileira no Troféu Maria Lenk, última seletiva para os Jogos de Pequim, disputado no Rio de Janeiro. Na noite desta quarta-feira, a atleta pernambucana atingiu o índice olímpico na prova dos 400m medley com o tempo de 4m44s06. As informações são do site GloboEsporte.com.
A emoção pela conquista da vaga era nítida no semblante de Joanna e contagiou todo o público, entre eles atletas de todos os clubes, que apoiaram muito a nadadora durante as eliminatórias da competição.
A prova dos 400m é muito difícil. Por isso, pedi apoio a todos. Sabia que sozinha seria muito complicado para ela conseguir o índice. Joanna passou muito tempo sem treinar essa prova, justamente pelos problemas que teve. Então, conseguir melhorar o tempo e fazer o índice hoje foi muito bom – conta Nikita, técnico da nadadora, revelando que nos últimos meses a atleta chorou muito, sem ter condições de treinar.
Joanna saiu da água com lágrimas nos olhos. E fez questão de dedicar seu feito ao tio Sergio, que morreu no início deste ano, enquanto ela estava ausente para disputar uma competição.
– Eu pensei muito no meu tio. Quando ele morreu, eu estava competindo fora do país, mas ele deixou uma carta para mim, pedindo para que eu conseguisse me classificar para os Jogos. Eu tenho pensado muito nele, e inclusive sonhei com ele hoje. Dedico minha conquista a ele e a todas as pessoas que me ajudaram – revela a atleta.
Joanna Maranhão ultrapassou o índice olímpico em um segundo, mas ainda está longe da melhor marca da carreira, quando ficou em quinto lugar nas Olimpíadas de Atenas, com o recorde sul-americano que persiste até hoje: 4m40s00.
Superação em dose dupla
Desta forma, a atleta voltará a estar com a delegação brasileira no próximo mês de agosto na China, em um ano repleto de situações complicadas em sua vida pessoal. Também no início do ano, Joanna Maranhão acusou um ex-treinador de abuso sexual quando ela ainda era criança, tornando público o assunto.
– Todo mundo sabe todo o sofrimento que eu passei esses anos todos. Mas graças a Deus, desde que consegui revelar toda a história, foi como se eu tivesse vomitado tudo aquilo para fora. Depois disso, me senti muito mais aliviada. Agora só quero que a justiça seja feita, para que ele não faça mais mal a nenhuma criança.
Nadadora Joanna Maranhão está classificada para os Jogos de Pequim
Foto:
Satiro Sodré, divulgação, Banco de Dados - 07/05/2003
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