O presidente da Uefa, Michel Platini, afirmou nesta terça que apoiará a paralisação de partidas da próxima Eurocopa, a ser realizada em junho deste ano na Áustria e na Suíça, caso ocorram manifestações racistas. O francês destacou que a entidade é completamente contra preconceito racial ou homofobia e defende uma solução radical:

– Acho que o futebol tem de manter certos valores, razão pela qual apoiaria a paralisação da partida. Mais que tirar pontos no final da temporada, o que é sempre complicado, eu apoiaria suspender as partidas. Somos pessoas antes de esportistas – comentou.

Desde que assumiu o cargo, há um ano, ele implantou o slogan "respeito" em todos os comunicados da instituição. O presidente da Uefa relembrou o tempo à frente do comitê organizador da Copa do Mundo de 1998, na França, e disse que a população de Áustria e Suíça começará a se envolver mais quando as seleções chegarem.

A Uefa deve gastar € 1 bilhão para organizar a competição deste ano, com retorno de aproximadamente € 1,250 bilhão - a diferença será distribuída entre os participantes e para diferentes projetos de futebol a crianças. Ao falar sobre a lentidão nos preparativos à Eurocopa de 2012, dividida entre Polônia e Ucrânia, Platini explicou que ambos começaram a se acertar após uma reunião. No entanto, ele confirmou que a Uefa não tem um plano B para o torneio.

AGÊNCIA EFE