| 21/04/2008 05h56min
Frustrada com a queda do time no Gauchão e Copa do Brasil, a torcida do Grêmio terá que se habituar à idéia de ver em campo um time sem grandes expressões técnicas em quase todo o primeiro turno do Brasileiro.
Até 5 de agosto, data em que poderão ser inscritos os brasileiros repatriados de clubes do Exterior, o único acréscimo serão os chamados jogadores de grupo. É nessa linha que se encaixam os volantes Amaral, do Vasco, e Makelele, do Palmeiras, alguns dos nomes especulados para reforçar o time. Há uma semana no cargo de diretor de futebol, André Krieger faz uma análise realista da situação.
— Os clubes brasileiros não largam os jogadores que poderiam nos dar mais qualidade. Quem poderíamos tirar do Palmeiras, São Paulo ou Flamengo? Vale o mesmo aqui. Nenhum clube brasileiro tiraria jogadores do Grêmio. Os atletas que poderiam dar um maior grau de satisfação estão na Europa — afirma.
Sobre Amaral e Makelele, Krieger diz se tratarem apenas de
sondagens. Explica que, diante da
impossibilidade de pagar os 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 7,8 milhões) exigidos pelo Espanyol para a permanência de Eduardo Costa, o clube analisa nomes para substitui-lo.
— Temos que começar a viver a realidade sem ele (Eduardo Costa) — conforma-se o dirigente.
Clube quer evitar loucuras que comprometam finanças
Disposto a retornar ao Brasil, o volante Fábio Rochemback, ex-volante do Inter, atualmente no Middlesbrough, da Inglaterra, poderia ser uma alternativa para a metade do ano. Seu acerto com o Grêmio esteve perto de ocorrer em janeiro.
— Pelo que sabemos, existe uma prorrogação automática que foi acordada entre o jogador e o clube inglês. Se o clube vai fazer o uso dela, é outra situação — afirma o diretor-executivo, Rodrigo Caetano.
O técnico Celso Roth lamenta que os jogadores brasileiros, a quem chama de "pé-de-obra", deixem cada vez mais cedo o país, o que impede os
clubes de tirarem mais proveito de sua capacidade. Assim, segundo ele,
a solução passa a ser trazer de volta os que não tenham mais espaço em clubes europeus. Ele lembra, contudo, que esse tipo de contratação pode também representar um risco, pelo alto valor que implica.
— A torcida está frustradíssima com tudo e com todos, mas seria uma irresponsabilidade fazer qualquer coisa que atentasse contra o equilíbrio financeiro da instituição — observa Roth.
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