O Grêmio foi desclassificado de duas competições em menos uma semana – o Gauchão e a Copa do Brasil. Depois da derrota para o Atlético-GO, nesta quarta-feira, o técnico Celso Roth justificou os maus resultados pelo pouco tempo no comando da equipe gremista.

– Estamos iniciando um trabalho, há menos de 60 dias aqui. Tivemos resultados negativos. Claro que sair abruptamente do jeito que foi no Gauchão e na Copa do Brasil causa muitas interrogações. Quando a gente inicia um trabalho, está sujeito a esse tipo de coisa. A seqüência é que dá o retorno. Mesmo que momentos como esses sejam complicados, doloridos e difíceis – explica Roth.

Para o treinador, a culpa pelos maus resultados é de todos que trabalham com o plantel. Roth também lamentou os desfalques e a não-participação na escolha do grupo.

– Não escolhi esses jogadores. Eles já estavam aqui. Além disso, seis ou sete se machucaram. O Grêmio terminou o jogo lá em Goiânia com um a menos. Contra o Juventude, expulsões e desequilíbrio total. Foram situações fora da normalidade – afirma o treinador.

Desejo de permanecer

Roth evitou falar em demissão. O treinador deixou claro que essa é uma decisão do presidente Paulo Odone e que pretende permanecer.

– Perder faz parte do aprendizado de um grupo que está em formação. É desses momentos que se faz um time. Quem já passou por isso sabe como é – comenta.

Pontos positivos

Apesar das duas desclassificações em seqüência, o comandante gremista disse que viu fatores positivos na equipe:

– Há muito tempo eu não via o Roger se entregando tanto. O Rafael Carioca mostrou qualidade. E teve a boa volta do Willian Magrão, mesmo sem ritmo de jogo. Mas claro que falta muita coisa. (...) O Grêmio briga sempre pelo título. Tem as suas deficiências, mas também qualidades. Precisa de algumas melhoras, ajustes e tempo maior de trabalho. É bom que o diga que a direção também não se acomodou. Dentro das possibilidades do clube, vai fazer o que puder.