| 08/04/2008 13h26min
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta terça-feira que sua presença na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim depende da “retomada” do diálogo entre a China e o Dalai Lama, líder espiritual tibetano exilado na Índia.
– Determinarei as condições da minha participação na cerimônia em função do reatamento deste diálogo – disse Sarkozy.
O presidente assegurou que a França fará “todo o possível” para conseguir a retomada dessas conversas e insistiru que a solução para os protestos que têm atrapalhado o revezamento da tocha pelo mundo é o "reatamento do diálogo”.
Sarkozy lamentou “que a tocha e alguns atletas fossem atrapalhados” ontem, no percurso que fizeram por Paris, em meio a protestos pela situação no Tibete e pela repressão na China “porque o ideal olímpico deve ser um ideal que una as pessoas”.
O presidente francês afirmou também que esta situação torna ainda mais necessária a retomada do diálogo entre China e o Dalai Lama para que haja uma solução política.
– Isso evitaria que a tocha olímpica fosse transformada em refém de questões bastante preocupantes, como a situação no Tibete – afirmou o presidente, para quem incidentes como os de Paris possam se repetir em outros lugares. – Temo que existam protestos semelhantes por onde a tocha passar – advertiu.
O ministro de Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, disse que compreende os manifestantes presentes no percurso da tocha olímpica e que, ele próprio, “luta pelos direitos humanos há 40 anos”. Por outro lado, disse que é preciso levar em conta o "conjunto” da situação.
O ministro reiterou o discurso do presidente Sarkozy e disse que a França tenta promover a retomada do diálogo entre as autoridades chinesas e o Dalai Lama, que é “indispensável”, e acrescentou que “a tensão em torno da tocha” não acontece só em Paris.
– Não se trata de um complô contra a China – encerrou.
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