Menos de 10 dias após o anúncio de que Pepe Sanchez não defenderá a seleção masculina de basquete da Argentina nos Jogos Olímpicos de Pequim, o técnico Sergio Hernández sofreu mais uma baixa em seu grupo. Neste final de semana, o ala/pivô Walter Hermann disse “não” ao convite do treinador para ir a China.

Em entrevista ao jornal esportivo Olé, Hernández disse que os motivos da retirada de Hermann são pessoais. De acordo com ele, o jogador alegou “mais necessidade de ficar com a família e pessoas queridas que de jogar pela seleção”.

– Ele me disse isso e me explicou que a seleção não pode ser trabalho, que deve ser um respiro, alegria, orgulho. Mas que ele já não consegue encarar desta maneira – explicou o técnico.

Os últimos anos de Hermann no basquete têm sido acompanhados por tragédias pessoais. Em 2003, morreram sua mãe, noiva e irmã em um acidente de carro. No ano seguinte, enquanto defendia a seleção no Sul-Americano, no Rio, quem morreu foi seu pai.

– Não quero analisar Walter psicologicamente, mas para ele, jogar basquete é um trabalho – explica o técnico, para quem o jogador foi categórico ao considerar o afastamento definitivo. – Walter o considera definitivo. Percebi que ele estava muito decidido – disse.

O jogador de 28 anos, que atualmente defende o Charlotte Bobcats na NBA, foi reserva na campanha vitoriosa da Argentina nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e na quarta colocação no Campeonato Mundial de Tóquio, em 2006.