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 | 30/03/2008 20h49min

Vantagem numérica e estratégia deram vitória ao Leão

Silas conquistou sua terceira vitória no comando do time e tem 100% de aproveitamento

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

A tensão no clássico deste domingo não começou apenas nos minutos finais — quando Bebeto e Marquinhos provocaram a torcida alvinegra após o segundo gol e os jogadores do Figueirense foram para a briga. Desde o início as equipes vinham se provocando e discutindo em campo. Numa destas situações, o estreante alvinegro Elton deu um "chega pra lá" em Marquinhos, que caiu no chão após ser atingido pelo braço do meia, quando este se preparava para cobrar lateral. A expulsão de Elton foi benéfica para o Leão, já que ocorreu logo aos 17 minutos do primeiro tempo.

— Tivemos a felicidade de ter um jogador deles expulso logo no início do jogo. Era um jogo de equilíbrio e força, mas não para dar pancada nem ser expulso, e sim para jogar e agüentar provocação e tudo o que pudesse acontecer. Desde a expulsão, a gente praticamente tomou conta do jogo — disse o técnico Silas.

A estratégia de Silas

Com a vantagem numérica, Silas, que iniciou o jogo no esquema 3-6-1, mudou a tática para fazer bom uso do fato de ter um a mais em campo. Tirou o zagueiro Cássio para entrada do atacante Bebeto no final do primeiro tempo. No início da segunda etapa, trocou o meia Bruno por Rafael Costa. Aproveitando o fato de ter um jogador a mais, Silas reforçou o ataque e o Leão garantiu a vitória.

— Esperamos o momento certo para colocar o time para frente. Se tivesse começado assim, correríamos o risco de sofrer gol no contra-ataque. Fizemos um jogo fechado, mas abri as laterais. Queria a chegada do Galo e do Jeferson com o Vandinho sozinho lá na frente. Nos últimos vinte minutos eu falei: vamos para o tudo ou nada. Mas eu deixei claro: quero um time organizado.

A estratégia deu certo. Os dois gols vieram aos 31 e aos 49 do segundo tempo. O pé quente do comandante vem trazendo bons resultados desde a partida contra o Ibirama. O técnico assistiu à vitória avaiana por 2 a 0 da arquibancada. De lá para cá, no comando da equipe, venceu o Juventus por 5 a 0, marcou 3 a 0 em cima do JEC e conquistou a tão esperada vitória no Scarpelli, por 2 a 0, após quase 20 anos de jejum avaiano na casa do Figueirense.

Vibração e determinação

Para o meia Válber, o segredo da equipe foi a determinação e a vibração.

— A diferença aqui nesta partida foi a vibração, estivemos determinados do começo ao fim e conseguimos o resultado positivo. A equipe está de parabéns, afinal ganhamos do nosso maior rival na casa deles. Ainda estamos na briga pelo título deste turno — disse o jogador.

A vitória ainda precisa se manter ao lado do Avaí para as próximas três rodadas. O time enfrenta o Brusque, depois a Chapecoense e por último faz mais um clássico, desta vez em casa, contra o Criciúma, líder isolado do returno. Pé quente, mas no chão, é o que os jogadores querem daqui para frente.

— Não tem nada decidido. Estamos festejando por ter quebrado o tabu. Sabemos da importância dessa vitória para o nosso torcedor. vamos continuar com pé no chão pra chegar na final do campeonato — disse o capitão Batista.

 

 
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